segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

[Dedo no Joystick] Super Street Fighter II: Informações Adicionais

Este é um complemento de [Dedo no Joystick] Super Street Fighter II: 40 Mega de Pancadaria numa TV Sharp. Textos que foram descartados do artigo original e viraram aqui parte da minissérie Curiosidades. 

Curiosidades: Parte III


CAMMY EM CARREIRA SOLO

Cammy é a primeira personagem que as revistas noticiaram a informação de que a mesma estaria ganhando uma carreira solo (segundo a Revista Herói lá nos anos 90). Cammy nos mangás ? Exatamente. Isso ainda era novidade no Brasil - que estava começando a se enraizar na cultura nipônica dos animes (que é um derivado desses quadrinhos japoneses). 







Em 1º de Julho de 1994, era lançado pela Shonen Sunday Comics Special: Super Street Fighter II: Cammy (ou Cammy Gaiden). Nos E.U.A. foi publicado pela Viz Graphic Novel. 

A obra é do autor Masahiro Nakahira (que também realizou a arte). O mesmo mangaka voltaria mais algumas vezes anos mais tarde com icônicos mangás adaptados da série de jogos como Street Fighter Zero (1996), Sakura Ganbaru! (1996) e Street Fighter III: Ryu Final (1997). O trabalho do Nakahira é tão incrível com loiras que até a CAPCOM adotou uma para ela: Karin Kanzuki


Capítulo Extra: e aproveitando o lançamento do longa animado, um capítulo inédito de Cammy Gaiden pode ser encontrado em um livro de artes do filme.









MESTRANDO SEM CONTINUE

Na conversão de Super Street Fighter II, aparentemente realizado às pressas, não possui o final especial ao terminar o jogo sem perder Rounds com sete ou oito estrelas de dificuldade. Em compensação, você recebe duas artes oficiais distintas ao finalizar o jogo no Modo Normal (arte da Cammy) ou Super (arte do Dee Jay) ao finalizar tudo sem continue. A inteligência artificial da CPU está profundamente caprichada desta vez. 

Em SF II SCE a CPU não era tão óbvia, mas tinha suas rotas os quais o jogador poderia seguir e continuar persistindo nessas brechas para vencer as partidas. Em Super Street II, a IA se adapta rapidamente ao jogador e tenta criar jogadas diversificadas. O que parecia mais fácil em relação ao jogo anterior (justamente por não ter exatamente um decoreba nas rodas) ficou mais difícil. O desafio de encarar a CPU nas dificuldades mais altas foi um recurso que envelheceu bem no jogo. Depois de muitas tentativas, Ryu continua a ser o melhor personagem testado.


NOTAS DE PRODUÇÃO
A criação de Super Street Fighter II: 40 Mega de Pancadaria numa TV Sharp

Esse espaço do artigo eu reservo a contar algumas curiosidades dessa super produção a quem se interessar. 

- Planejado para ser publicado durante a Copa de 2014 (que inclusive teve uma divulgação em nossa página do Facebook nesse período), a ideia sempre foi tentar recriar - de forma bastante criativa, artística e pessoal - toda a experiência do ano de 1994 com Street Fighter. 

- Como eu tive um imenso trabalho para pensar na sua conclusão da melhor maneira possível, eu queria trazer a maior imersão possível daquele momento e também trazer algo relevante e informativo para os leitores. Algo que não fosse mais do mesmo ou só mais um artigo de Street Figher II. Eu sempre tive uma grande responsabilidade com o tema Street Fighter (assim como Sonic). Portanto, é muito difícil vocês verem aqui um artigo meu de um jogo que joguei muito pouco da série pois não quero distribuir conteúdo apenas para cliques ou feito nas coxas. Por isso parei de publicar vídeos de reações ou então notícias. Assuntos que caem em desuso com o tempo. Optei por me focar em conteúdos de preservação com detalhes que precisam de um precioso tempo para manter o mesmo nível de qualidade. E, sinceramente, considero minhas postagens de notícia (que foram poucos por aqui) e vídeos de react muito, mas muito ruins mesmo - vi que não vejo necessidade de fazê-los a não ser que seja algo muito relevante e que eu consiga sentir que estou trazerndo algo significativo. Portanto, peço até desculpas aos leitores que sempre me pedem artigos de Street Fighter EX. "Street Fighter Poligonal" é uma fase da série que passei a conhecer melhor nos últimos anos e até que achei muito interessante realmente mas preciso encontrar peças para aprofundar melhor ou mergulhar de uma forma única neles. Talvez com essa nova era da série com o IV e o V seja interessante fazer algo a respeito. 

- Como podem perceber, essa série de artigos é um editorial diferente dos demais. Desde o início foi pensado em um artigo único com mais texto do que imagens. Os primeiros artigos de SF costumavam ter imagens acompanhadas dos textos em que estava citando um detalhe - e não só de Street mas de outros temas também. Eu tive em mente, desde o início, apresentar imagens dentro de uma televisão (justamente a televisão que eu jogava com o Mega Drive nele na época) e que de acordo com a posição da imagem a TV ficaria inclinada. Por uma questão artística, achei que preservar detalhes de algumas artes no efeito (e até pra consumir tempo) seria interessante manter o posicionamento de frente (mesmo que a imagem esteja do lado do texto). 

- Muitas das imagens apresentam os personagens sem sombra ou até a faixa preta do alto da tela e toda a informação do sistema de batalha em baixo (como barras de energia e etc.). Além de serem coisas para economizar tempo de produção, alguns detalhes faltando foram propositais para deixar relacionado elementos críticos (ainda que ocultamente) de forma visual, em relação ao jogo - que apesar de ser um dos melhores jogos de luta do Mega Drive, ele tem suas pequeninas imperfeições. É pra causar aquela simulação de sensação incômoda de que tem algo faltando ali (e é um elemento que comento na análise). Mas não que o jogo não esteja faltando sombra - pelo contrário, é um dos detalhes mais legais da adaptação (" ...e a sombra acompanha os movimentos dos lutadores ") e isso também foi comentado na análise com mistura de relato. 

- O Último Street Fighter: Relatos da Street Fighter Mania que é o texto original que deu vida ao vídeo O Último Street Fighter no canal Mestre Ryu no You Tube, é na verdade o desejo de ter esse artigo de Super Street Fighter II já publicado. Ironicamente, o vídeo saiu antes mas quase todo escrito como se fosse continuação desse artigo de Super Street II que ainda demorava pra sair. Enfim, é TEETRAA, o artigo está aí e em 4 partes ainda. Não tem como faltar agora. 

- O Último Street Fighter, vídeo de destaque no canal You Tube (por favor, assiiistaam!), foi o que inaugurou todo o projeto e a ideia de lançar imagens dentro de uma TV - tema que eu estava guardando para gastar artisticamente nesse que está sendo publicado agora e não queria queimar cartucho. A TV é como um personagem importante da história toda - e ele foi usado para representar as memórias da época no vídeo que dá sequência aos eventos daqui. 

- Graças ao apoio de parceiros que contribuíram brilhantemente com o conteúdo aqui no blog, eu busquei criar um dinamismo nos links do texto trazendo também referências que poderiam ser interessantes de sites (ou vídeos) externos de outros criadores de conteúdo. 

- Como eu havia comentado, planejei mesmo ser um artigo com mais texto do que imagens. Também foi pensado se seguiria o edital padrão de conectar imagens ao que está sendo lido. Mas a correria e a turbulência diária (que agora vai de crise e até o risco de faltar internet) optei por seguir o modelo mais simples e mais rápido que é de focar mais no texto mesmo e deixar o trabalho visual para futuros vídeos no You Tube. 

- Por várias vezes tentei gravar um detonado com Cammy e Dee Jay sem perca de Round na dificuldade 8 para disponibilizar todo o trajeto. Mas, realmente, a CPU estava bem traiçoeira em todas as plataformas. Até usei o meu Gopher para dar uma treinada na época - a primeira vez foi em meados de 2014 ou 2015 e muito da demora para terminar todo o dossiê foi única e justamente por esse detalhe - tirando os pormenores. Rolou até umas transmissões com jogatina e jogar em live parece fazer o jogo ficar umas 30 vezes mais difícil. Não sei vocês, mas comigo é assim. 

- Por outro lado, também pensei que não ter detonado em vídeo do jogo aqui deixaria algo menos centrado em tutorial para buscar se diferenciar de outros artigos e deixar o texto mais dinâmico ou mais opinativo, mais original, como um trajeto mais pessoal. Afinal, manter em seguir mais a ideia de texto, poderia manter o conteúdo mais centrado em detalhes mais específicos. 

- A busca por perfeccionismo nas matérias com temas os quais eu domino me trouxe uma lição. Em meio a todo o caos que impera e eu encaro atualmente, senti que a melhor coisa a se fazer é tentar fazer o que for possível e deixar detalhes muito difíceis para uma outra oportunidade. E só assim eu pude terminar todo esse projeto. 

- Obrigado a todos que acompanham o Santuário e que também acompanharam todo esse relato. Vamos em frente, para a nossa parte final.   


FORMANDO LISTAS
A TRILHA SONORA DE SUPER STREET FIGHTER II DO MEGA DRIVE
Com todo o aproveitamento do ritmo do estéreo, a trilha do primeiro Street Fighter do Meguinha tinha aquela essência magnética. Super Street II tem o seu charme.

Super Street Fighter II para Mega Drive parece ter sido uma adaptação muito complexa, pelo curto tempo de produção para embarcar em datas especiais. O esforço em se diferenciar do jogo anterior é louvável, embora um dos pontos mais comprometidos foi o volume do áudio. Outro ponto é que aplicativos de computador que reproduzem a cópia independente desses jogos (leia-se roms e emuladores) não apresentam toda a tonalidade possível dessas músicas. Embora pareça soar sons de "minigame" para alguns, a qualidade da trilha sonora fica muito comprometida em ferramentas específicas como o emulador Gens. E essa versão assassinada pelo emulador acaba reproduzida frequentemente pela web. 

O pódio aqui está sendo montado por quem ouviu e jogou o jogo originalmente no cartucho e videogame real. Portanto, é notável sim destaque em instrumentos que na reprodução digital dos emuladores fica oculto e só pioram o resultado. 

Segue então uma sugestiva lista das MELHORES CANÇÕES de Super Street Fighter II (Mega Drive). 



ENCERRAMENTO

A música de encerramento com os créditos continua bonitinha e emocionante. Especialmente ao terminar o jogo em sua condição especial* - o ritmo musical ganha um estilo a mais.

* Sem troca de personagem e sem perder continue - é possível acompanhar os créditos em formato de um videoclipe (com os lutadores fazendo golpes em câmera lenta numa tela escura). 







FINAL KEN

Finalmente acertaram a música de casamento do Ken e da Eliza (sem aquele arranjo na metade). É sem dúvida alguma uma das melhores e mais realistas canções reproduzidas num jogo de Mega Drive. Abençoado seja os 40 Megas bem distribuídos. 



FINAL DEE JAY

O balanço das baterias é um dos pontos mais empolgantes desse arranjo com pequenos acordes acompanhando posteriormente. É um curto balanço mas muito marcante. Dee Jay sabe como animar a audiência e os seus jogadores.


FINAL T.HAWK

Uma canção épica para um personagem de ancestral histórico.


FINAL VEGA


Aqui o Vega ganha um tema único e final único assim como os demais chefões de Street II. A fineza da canção é um diferencial como um dos mais sensíveis para a série de jogos Street II. Isao Abe e Syun Nishigaki estiveram inspirados e o arranjo na reprogramação ficou excelente. 


FINAL SAGAT

Aqui o campeão orgulhoso demonstra imponência muito bem representada pelo arranjo rebelde de sua música. É o momento de honra do Rei do Muay Thai.


FINAL MISTER BISON

Toda a áurea de mistério e terror ficaram muito bem representados por aqui. O arranjo dos acordes do violino junto ao piano frente a presença do grande mestre do terror engrandece aqui. Aliás, que final tremendamente assustador e espetacular.












TELA DE OPÇÕES

A música da tela de opções é uma verdadeira surpresa.  O tema de introdução do Street Fighter II original ganha aqui uma mixagem que fica tocando na tela de Options - representando o legado estabelecido por SF II. Coincidir com o lançamento de Super Street Fighter II X nos Arcades (como é o ano de 94) contribuiu também para destacar essa homenagem. Isso já parecia uma despedida precoce da CAPCOM ao Mega Drive  - já que ele jamais ganharia um Super Street II Turbo. É, vai saber. 












Super Street Fighter II: Turbo. Aquele que um dia foi considerado 


                        DEDO NO JOYSTICK                   
SUPER STREET FIGHTER II: THE NEW CHALLENGERS
(Mega Drive, 40 Mega, Ação, 1994)
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