quarta-feira, 1 de novembro de 2017

[Sessão Crítica] Thor: Ragnarok

VOANDO ALTO


A cada desfecho de seus heróis em filmes solo, a MARVEL vem acertando justamente pela transformação profunda que estes protagonistas de sua própria trama sofrem. Se Thor: O Mundo Sombrio foi o pior filme de seu universo cinematográfico, juntamente com Vingadores: Era de Ultron e, de alguma forma, Homem de Ferro 2 – com Thor: Ragnarok, o herói consegue se livrar das correntes da falta de inspiração e voa alto sendo então o terceiro melhor filme já lançado até então, seguido por Os Vigandores – The Avengers e Guardiões da Galáxia.

Com surpresas no elenco – Jeff Goldblum (Grão-Mestre) e Matt Damon – quem surpreende é Idris Elba (cada vez mais convincente de que deve ser o próximo James Bond) com sua expressiva imponência e importância cada vez maior como herói coadjuvante na pele de Heimdall. Cate Blanchet extremamente transparente no limite da beleza e fatalidade como Hela, a própria morte.
O humor, que já se tornou marca registrada na cinessérie desde Homem de Ferro, funciona como encaixe sem deixar o espectador cansado e até fazendo quem curtem o gênero mais pipoca interessados profundamente na trama – uma boa cartada para atrair público grande – que reúne um estilo mais cult e restrito em sua camada, além do jeitão de fantasia e dos super-heróis de seu MARVErso ainda contam com um pouco de mescla dos filmes de trajeto (road movies) com diversas referências aos filmes de ficção-cientifica com aventura futurista.

Porém, tudo muito único sem parecer uma mera cópia às homenagens e que funciona muito bem, já nos convencendo, aos mais exigentes, de que é um longa metragem de cinema e não uma xerox sem alma de uma página de quadrinho. É mais sincero com o seu universo fantástico e afina mais a aproximação entre personagens veteranos e já bem amadurecidos pelos eventos ocorridos na cinessérie.

Vale celebrar também o capricho visual da direção de arte das locações do mundo fantástico de Asgard e de outros trajetos – voltando a trazer aquele brilho vivo do primeiro longa metragem. Excelentes cenas de ação, que não economizam cartucho (como nos primeiros longas da MARVEL), e momentos marcantes dentre os personagens.
Trilha sonora (assinada por Mark Mothersbaugh) sofisticada na medida e que segura muito bem o desenvolvimento, felizmente, aproveitando em dobro a frenética essência do trailer (sem enganar a expectativa do público que teve sua esperança renovada com esse material) mesmo tendo certas cenas terem ficado de fora no longa - fora outras referencias feitas para despistar no vídeo de divulgação.

Uma verdadeira obra prima da Marvel Studios, que parece realmente seguir firme para um derradeiro e inesquecível épico desfecho de um ciclo que já se aproxima dos seus 10 anos – ainda que seja cedo para sabermos se haverão mais outros 10 nos aguardando.



ATENÇÃO: FIQUEM ATÉ O FIM DOS CRÉDITOS.

--M E M Ó R I A S   D A   S E S S Ã O--
Apesar do tempo corrido de Sábado, acabei deixando para assistir no domingo. Uma caminhada rápida de 20 minutos ao cinema, fui comprar na fila mesmo – devido a falta de crédito. Estava torcendo para ter aquele descontão e fui feliz ao saber que era o filme da semana. Descobri também que Pokemón terá um novo filme em curta exibição entre os dias 5 e 6 de Novembro. A melhor saída que encontraram para recepcionar os longa metragens de animação japoneses hoje em dia sem ter prejuízo.

O público se comportou muito bem o filme todo. Dei algumas risadas mas o público parecia mais atento. Durante os créditos, 5 casais saíram e depois da cena extra do meio outros 10 saíram – percebi que era um público mais casual ou desinformado sobre os longa metragens da MARVEL (alguns que até confundem esse universo cinematográfico com outros filmes com personagens da MARVEL que não se envolvem nessa cronologia).
E mais uma vez, o UCI Parkshopping segue o descaso de muitas redes de shopping que é de ligar a luz durante os créditos (o que é uma falta de respeito e educação para quem curte cinema de verdade) mas ao menos desligou nas duas cenas extras.





--S E S S Ã O   C R Í T I C A--
THOR: RAGNAROK

GÊNERO: AVENTURA
DURAÇÃO: 130 Minutos
SESSÃO ACOMPANHADA: UCI PARKSOPPING - 16:00 – 24 P – 29/10/2017 (DOMINGO)

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