sexta-feira, 25 de outubro de 2013

[Sessão Crítica] Kick - Ass 2 - Legendado

NESTA POSTAGEM

SESSÃO CRÍTICA
KICK-ASS 2

KICK-EXTRAS
MEMÓRIAS DA SESSÃO
GALERIA
FICHA TÉCNICA


SESSÃO CRÍTICA
KICK-ASS 2
SUPER-HERÓIS MAIS AFIADOS 
NA REALIDADE
História continua com mais humor, mais personagens interessantes e diálogos tremendamente apimentados

A primeira adaptação, de 2010, dirigida por Matthew Vaughn (volta apenas como produtor, nesta sequência), não consegui assisti-lo nos cinemas - mas aguardei ansiosamente a sua chegada em DVD e assisti por lá mesmo. Percebi o quanto era importante uma história realista sobre vigilantes daquela forma - principalmente em boa parte - até chegar os momentos decisivos, onde Hit-Girl (Chloe Moretz) mostra seu potencial e Kick-Ass (Aaron Tayor - Johnson) se apresenta de uma maneira muito surreal em comparação a sua admirável e identificável postura durante todo o desenvolvimento (um tipo que quer ser como o Super-Herói que lemos nos quadrinhos, mas não consegue fazer frente na pancadaria). A forma como Kick-Ass sai da situação, quebra o elo mais próximo ao mundo do expectador que o longa conseguia chegar até ali.  

Levando em consideração o fim do longa anterior, eu já estava preparado para o que a próxima aventura (imediatamente anunciada logo após as HQs Hit-Girl e Kick-Ass 2) iria me passar. Porém, já não sentia que ele iria passar a mesma sensação de realidade que a primeira história me proporcionou. Felizmente, eu estava errado.  

Kick-Ass 2 está para uma adaptação legítima de obra de Super-Herói realista, como Tropa de Elite ficou para o gênero de Ação para o cinema nacional. Assim como a saga de Capitão Nascimento, Kick-Ass 2 tem muito daquilo que eu sempre sonhei em ver no cinema. Um tipo de história que me fizesse acreditar nos personagens ficcionais. Se em Homem-Aranha (2002) eu saí do cinema me sentindo com vontade de me transformar em Super-Herói, Kick-Ass 2 me alerta como uma comédia de humor negro, porém, sincero sobre os riscos de se tornar um Super-Herói no mundo real - sem grandes habilidades ou dependendo apenas da esperteza e de habilidades marciais ou físicas mais populares que conhecemos. 
As habilidades de Dave Lizewski/ Kick-Ass foram ampliadas, é verdade, mas para um bem maior e (cuidadosamente) melhor - em comparação ao contraste exagerado dos seus últimos minutos no primeiro longa. Agora existe uma espécie de Liga da Justiça realista, a Justiça Eterna, liderada por ninguém mais e ninguém menos do que Jim Carrey, surpreendendo mais uma vez como um personagem sério - e passando por situações bem fortes - na pele do simpático Coronel Estrelas. Chloe Grace Moretz faz graça e já se torna lenda na personagem mais apreciada da saga, como Mindy Macready ou o melhor (muito melhor mesmo), Hit-Girl. 

A transição entre ficção e realidade é quase perfeita - com exceção do pouco trabalhado argumento de Mindy, seguindo para a conclusão, sobre ter de abdicar a sua vida normal para continuar sendo Super-herói (bastava apenas dizer, - Nós somos assim, ou algo do tipo, que já se tornaria uma transição mais natural). A referências às redes sociais foram uma das melhores sacadas e as desilusões aborrescentes, embora pouco exploradas no contexto amoroso, são consideráveis, de certa forma. Colocar uma Super-heroina juvenil encarando a perda da inocência se encaixa de uma forma bastante hilária e crítica com a sociedade. 

Kick-Ass 2 nas HQs, criação de Mark Millar 

Todo o desenvolvimento soa como uma paródia bem exagerada da realidade e pode te divertir (ou te aborrecer, se for levar muito à sério) por um pouco mais de uma hora. A violência é mantida sem censura - louvável também nesse quesito por não sentir vergonha de suas origens ilustradas no papel - e celebra muitas referências reconhecíveis pelos cinéfilos que acompanham Super-Heróis nas telas, lembraram até Batman: O Retorno - numa famosa fala entre Christopher Walken (Schreck) e Michael Keaton (Bruce Wayne/ Batman). 

Kick-Ass 2 é uma afinação do primeiro longa, entre essa conexão com os expectadores e o mundo ficcional dos Super-Heróis, o maior risco que se pode correr é o fato de ficarmos deprimidos por saber que nenhum deles de fato existem. Embora, a obra que originou os quadrinhos dessa série, se inspirou em uma dessas raras histórias sobre vigilantes que protegem bairros ao redor do mundo (acompanhe algo dessa história na edição de Super Interessante: Decifrando Os Super-Heróis, em Julho de 2012), e eles também são conhecidos como Super-Heróis da vida real. 

Se essa ficção fosse transitada para a minha vida, e ela fosse um filme, a mistura talvez gerasse uma comédia dramática. Nesse brincadeira, a adaptação acaba soando quase tão sincera pra mim quanto O Cavaleiro das Trevas (2008). Antes de Kick-Ass, a segunda parte desta incrível trilogia do Nolan se tornou a minha teoria de grande referência sobre a ideia de um Super-Herói em um mundo real. E como ser como um sem dinheiro? E chegaram até a surgirem ideias na minha cabeça sobre criar personagens do tipo. 

As perdas de entes queridos em uma realidade como vista em Kick-Ass 2, são muito mais profundas e muito mais sentidas, como devidamente vista no primeiro, de 2010, e ainda sentimos uma grande preocupação pelo destino arriscado dos personagens principais - como se trata de um trabalho muito mais pensado para ser uma história fechada em um mundo real - todo o cuidado que os Super-Heróis vivem é muito pouco e com muito mais emoção do que em outras sagas abertas e cheias de Super-Heróis invencíveis ou imortais (incluindo até James Bond). 

ATENÇÃO: FIQUEM DEPOIS DOS CRÉDITOS (Nenhum apressadinho da minha Sessão ficou até o final e perderam a continuidade da história)


KICK-EXTRAS

MEMÓRIAS DA SESSÃO 
Foi por um triz que não perdi a sua passagem pelos cinemas Brasileiros. Kick-Ass 2 estreou nesta última Sexta-Feira (18), 2 Meses após o lançamento em outros países (14 de Agosto) em pouquíssimos cinemas. Com a minha certa rotatividade em eventos, me senti bastante cansado pra fazer qualquer coisa nessas abençoadas férias. Dormindo e acordando em qualquer horário. Restando alguns minutos pra entrar, a moça que me atendeu na bilheteria, muito linda e muito simpática, e avisou que o filme começaria em 2 minutos. A sessão começaria às 16:50 e eu estava lá às 16: 54, prestes a comprar pra uma sessão das 19:30, e imaginando como eu iria passar o tempo rodando pelo Shopping Carioca - apesar de fazer uns 2 anos que não vou naquele lugar. 

A moça da bilheteria me salvou de um longo tempo de espera. Como eu já percebia em minhas idas anteriores, o maior problema do Cinemark Carioca permanece - a falta de consideração com os expectadores na hora da exibição dos filmes. Com pelo menos uns 10 minutos, o filme estava sendo exibido com a imagem reduzida e a tela cortando a imagem e as legendas - até que 2 pessoas se levantaram pra fazer a reclamação e concertaram a tela (o certo era terem de voltar o filme todo). Esse é o grande problema que eu vejo em determinados cinemas da Zona Norte - além do público que é mal educado ou se omite, porém, agiram certo desta vez, de certa forma.  
Fui a parte de máquinas de jogos do Shopping, o PlayToy, e percebi que era um dos poucos shoppings a manterem as máquinas de jogos de luta. Minhas palmas. 

GALERIA





FICHA TÉCNICA 
Título Original: Idem
Gênero: Comédia/ Ação
Duração: 103 Minutos
País: E.U.A.
Sessão Acompanhada: 16: 50 - Cinemark Carioca Shopping - O 15

Sinopse: Kick-Ass se junta a um grupo de pessoas que se fantasia de super heróis para combater o crime. Enquanto isso seu inimigo Red Mist planeja uma vingança que afetará a todos.
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