domingo, 28 de outubro de 2012

[Sessão Crítica] 007: Operação Skyfall - IMAX Legendado

NESTA POSTAGEM 

SESSÃO CRÍTICA
007: OPERAÇÃO SKYFALL

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FICHA TÉCNICA




SESSÃO CRÍTICA
007: OPERAÇÃO SKYFALL

ARTISTICAMENTE SOBERBO 

No 23ª filme, em meio aos 50 anos do icônico agente, há muitos motivos para se comemorar. Além da conexão entre gerações ( o antigo e o novo ) conta também o trabalho de Sam Mendes. Sua assinatura na direção trouxe grandes triunfos à franquia veterana e reconhecida por trazer muito do tradicional: carrões, belas mulheres e sofisticação.

Skyfall não é mais uma reinvenção de 007 mas um refinamento do conteúdo apresentado por Cassino Royale. É mais seco, com um drama e suspense bem mais densos em comparação a todos os outros 22 Bond filmes.

Ah, é claro, Mendes fez aquilo que eu esperava: emprestou, ao seu 007, sua belíssima arte de fotografar e também uma grandiosa edição.  Diferente do rítimo acelerado de Quantum Of Solace, a trama de Skyfall é muito melhor trabalhada e bem mais amarrada. Até a morte dos personagens são mostradas em detalhes, como uma câmera lenta.

Daniel Craig, um Bond quase inexpressivo e mais humano, também se afiou na atuação.  Craig mantém o mesmo estilo de seu Bond, porém, seu ar sério se encaixa melhor no movimento da trama. Como um 007, por vezes abatido ou amargurado,  agindo de maneira irônica quando necessário, para sobreviver. 
Javiem Bardem é o melhor vilão que eu já vi na série, como Silas. Quando surge Bardem na trama - o seu primeiro encontro com Bond é digna de uma das melhores cenas - é notável que toda a sua presença (um vilão louco e ao mesmo tempo genial) quase apaga Bond por completo, com a versatilidade de sua atuação. 

A trilha sonora começa a se apresentar com alguns excessos de nostalgia sem necessidade, como a cena onde Bond sobe em cima de um trator (e aí busca por trechos arranjados do tema clássico ). Ao amadurecer no decorrer da aventura, se torna muito competente e passa a ter sua própria identidade.  

As cenas de ação, pela fotografia e edição de primeira linha, trouxe momentos sufocantes. Como a sequência final em um ambiente digno de um Faroeste. Pela forma como a edição de som é executada, com tiroteio e explosões, chega a lembrar os melhores do gênero de guerra. 

 Só achei desnecessário a saída da personagem M (que eu achei até estranho Judi Dench continuar em Cassino Royale, sendo este um reinício de 007). A situação me pareceu forçada.  Bond vive um fato nunca antes visto. Cai realmente aos prantos, lágrimas são finalmente mostradas em seu rosto (solidificando o amadurecimento de Craig). No fim, tudo fica melhor explicado - saudando também a nostalgia.  Se for entrelaçar, fica mais coerente a presença de Judi Dench ,como M, em Cassino Royale. 

Mendes mostrou também aqui, que sua habilidade vai além de fotografia ao conduzir bons roteiros. Também é capaz de conduzir um filme de ação cultuado por um grande público, de forma madura, com outras formas artísticas. Eu particularmente fico feliz por este diretor ter se mantido no cargo, mesmo com o atraso do filme. Foram 4 anos de espera para o retorno de 007 e nas mãos de um diretor renomado (e Oscarizado) no mercado.

Experiência IMAX: Desta vez, a sala não estava aparentemente com o som estrondoso de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge e a imagem parecia meia embassada. O problema é que aonde eu estava, na primeira fileira*, bem ao fundo, percebi que o cabeção ainda encobre um certo ponto da tela. Mas pelo telão gigante, isso não me atrapalhou em nenhuma parte do filme (a leitura das legendas também não foram afetadas pelo cabeçote à frente). *Também conhecido como o assento para casais, com aquele tipo de cadeira que você levanta o braço dela.

MUITAS REFERÊNCIAS 
Além do carro Aston Martin DB5, a missão (quanto a captura e morte de agentes) lembra o primeiro Bond, 007 Contra O Satânico Dr. No (1962), atualizada para a atualidade (com associações ao terrorismo e a crise na segurança do governo). Levando por esse lado, dá a entender que Skyfall, por vezes, é quase uma refilmagem, misturando várias fases do agente para o mundo moderno.

A suposta morte de James Bond também foi referência em outros filmes: Com 007 Só se Vive Duas Vezes  (1967) e 007: Um Novo Dia Para Morrer (2002).  Na cena da China, onde 007 pula por cima de um lagarto lembra muito a clássica passagem de Roger Moore em 007: Viva e Deixe Morrer (1973), quando ele pula sobre jacarés.

O fato do vilão Silas (Javier Bardem, acima) ser loiro remete a uma homenagem à Chirstopher Walken, como Max Zorin (abaixo), em 007 Na Mira dos Assassinos? Fica a dúvida.

GALERIA

 

FICHA TÉCNICA
Título Original: Skyfall 
Sessão Acompanhada: UCI New York City Center - Lugar O 11 - 19:00 (27/10/2012)
Duração: 147 Minutos
País: E.U.A./ Inglaterra
Gênero: Ação
Direção: Sam Mendes (Beleza Americana)

Acompanhe mais EXTRAS em Memórias da Sessão no Álbum do grupo curtir do Santuário do Mestre Ryu no Facebook.
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