domingo, 21 de dezembro de 2025

[Sessão Crítica] Avatar: Fogo e Cinzas - IMAX 3D Legendado

 

FALTOU INSPIRAÇÃO EM AVATAR?

James Cameron, como um mestre das sequências de sucesso, perdeu a inspiração? Bom, disseram nos corredores de filmagem que o diretor pode ter se desanimado com a terceira sequência segundo os rumos que estão sendo tomados nos bastidores da Disney/ FOX. Cameron sempre foi muito exigente, batendo o pé no chão para que seus projetos terminassem da forma como ele foi idealizado desde o começo e se não fosse dessa maneira ele não o faria. Em conversas, o cineasta chegou a alegar que não estaria preocupado com o fracasso da terceira aventura de Jack Sully nos cinemas. Na China, o filme fez 100 milhões em pouco tempo. Fora da China, o negócio engatinha. 

É muito raro que o diretor de T2, Aliens: O Resgate, O Segredo do Abismo, True Lies e Titanic caísse a mão em suas sequências. Sempre buscando seguir a ideia para tornar a história virar outra empreitada. 

É a primeira vez na história que vimos também James Cameron dirigir um terceiro filme de uma sequência cinematográfica - tanto original quanto iniciada por outros diretores. O que torna tudo uma tremenda novidade. No entanto, Avatar 3 parece ser uma história bastante conhecida, assim como o primeiro. Em 2009, Avatar surpreendeu por ser uma novidade e trazer uma evolução tecnológica no cinema. Assistir Avatar em um cinema comum e assistir Avatar em 3D eram filmes com experiência completamente diferente. James Cameron foi o diretor definitivo que demonstrou para o cinema que a tecnologia pode ser a chave fundamental para melhorar uma história cinematográfica: Avatar é, sem dúvida alguma, o único filme que para ter toda a sua narrativa completamente absorvida precisa ser obrigatoriamente assistida no melhor 3D possível. Agora, quanto a Avatar 2 e 3, isso é um plus a mais, mas não se comparam a importância que o 3D teve para o primeiro. 

James Cameron, como um mestre das sequências de sucesso, perdeu a inspiração? Bom, disseram nos corredores de filmagem que o diretor pode ter se desanimado com a terceira sequência, segundo os rumos que estão sendo tomados nos bastidores da Disney/Fox. Cameron sempre foi muito exigente, batendo o pé para que seus projetos terminassem da forma como foram idealizados desde o começo; se não fosse dessa maneira, ele não os faria. Em conversas, o cineasta chegou a alegar que não estaria preocupado com um eventual fracasso da terceira aventura de Jake Sully nos cinemas. Na China, o filme fez 100 milhões em pouco tempo. Fora de lá, o negócio engatinha.

É muito raro que o diretor de T2, Aliens: O Resgate, O Segredo do Abismo, True Lies e Titanic "errasse a mão" em suas sequências, sempre buscando seguir a ideia de fazer a história virar outra empreitada.

É a primeira vez na história que vemos James Cameron dirigir um terceiro filme de uma franquia — tanto original quanto iniciada por outros diretores. O que torna tudo uma tremenda novidade. No entanto, Avatar 3 parece ser uma história bastante conhecida, assim como o primeiro. Em 2009, Avatar surpreendeu por ser uma novidade e trazer uma evolução tecnológica. Assistir ao filme em um cinema comum ou em 3D eram experiências completamente diferentes. Cameron foi o diretor definitivo que demonstrou que a tecnologia pode ser a chave fundamental para melhorar uma narrativa: Avatar é, sem dúvida alguma, o único filme que, para ter toda a sua narrativa absorvida, precisa ser obrigatoriamente assistido no melhor 3D possível. Agora, quanto a Avatar 2 e 3, isso é um plus, mas não se compara à importância que o formato teve para o primeiro.

Mas nem por isso Avatar: Fogo e Cinzas não merece ser assistido em um cinema comum — embora possa ser uma experiência exaustiva. No entanto, assistimos no IMAX 3D e reitero que continua valendo muito a pena acompanhar esse encerramento de ciclo no melhor formato possível. Escolhemos o IMAX 3D e não me arrependo um segundo. Especialmente pela perspectiva de objetos e folhas caindo na tela, um dos pontos altos do 3D, assim como a experiência das sequências na água.

Numa comparação rápida, o Avatar de 2009 pode funcionar como um filme único. Mas, após Titanic, Cameron precisava de uma franquia para monetizar. Uma vez que Titanic foi inspirado em uma tragédia, seria uma atitude ética não envolver nada comercial em relação ao longa de 97, esse fenômeno pop vencedor de 11 Oscars.

Para uma linguagem mais noventista ou millennial, ou para os fãs de cultura pop japonesa: se Avatar fosse um anime, o primeiro seria o Movie (a saga principal) e Avatar 2 e 3 seriam os OVAs ou, simplesmente, episódios fillers. Meras extensões do primeiro longa ou trabalhos menores — não que não tenham tido um orçamento gigantesco. Cada um dos filmes, em sua totalidade, dura mais de 3 horas. É o nível de perfeccionismo com que Cameron procura colocar sua audiência dentro da história.

O que eu vou escrever aqui é pior que bater em filho. E isso dói no coração, porque jamais achei que fosse dizer isso. Mas tudo o que sobe, desce. É a lei da física, não é mesmo? O enredo do terceiro parece pouco inspirador; um dos menos envolventes trabalhos do diretor desde Titanic. Ainda inferior ao primeiro Avatar, o ritmo é mais acelerado em relação ao segundo, mas com algumas suaves quedas no caminho — o que é preocupante em relação aos seus filmes anteriores, onde o ritmo melhorava a cada minuto. Isso não quer dizer que não existam suspense, tensão ou uma narrativa surpreendente. Algumas coisas estão lá, sim. E, como bem sabemos sobre a filmografia do diretor, ele nos faz temer por seus personagens. Mas, aparentemente, não existe muito daquela grandiosidade em tornar um roteiro simples em algo profundo, como ocorre no primeiro filme.

A trilha sonora de Simon Franglen (com acordes do eterno James Horner) está bem melhor do que a do segundo filme, e até mesmo o tema de Miley Cyrus (Dream as One) merece destaque. Cameron perdeu grandes parceiros nessa empreitada, como Horner e o próprio produtor Jon Landau (a quem o filme é dedicado), o que pode ter comprometido de alguma forma este terceiro capítulo.

É o mais sombrio e o mais violento dos três, mas com drama e certa sensibilidade familiar. Fogo e Cinzas segue com certo mérito, apesar dos pesares, e merece ser conferido por sua bela fotografia em IMAX 3D.


MOMENTO PÓS-CRÍTICA

O que faltou?
A adição de Varang (Oona Chaplin) foi uma boa. Ótima antagonista. No entanto, parece que a história não valoriza muito esse novo tipo de civilização apresentada — o que é atípico de uma obra de James Cameron (não explorar muito o novo ambiente apresentado) — e acabou por continuar com a briga dos Na'vi contra a RDA (o povo do céu, os humanos) e um pouco mais de minutos de tela com a civilização apresentada em O Caminho da Água: daí eu me lembro de Ronal (Kate Winslet), há uma década grávida (causou certas risadas involuntárias do público).

Repeteco do anterior?
Com um ritmo mais acelerado, é uma sequência direta do longa anterior. Poucos acréscimos e conforta-se quase como, teoricamente, um déjà vu do tipo: "Peraí, eu já vi esse filme antes.".

  • Situações e até mesmo falas muito parecidas ("Esta família é a minha fortaleza" para "A nossa família é a nossa fortaleza" ou "Eu já te matei antes").

  • Mas a relação entre herói (Sully) e vilão (Quaritch, mais antagonista agora) é perturbadora e, ao mesmo tempo, sobra até para situações involuntariamente cômicas, apesar de assustadoras.

  • A situação cômica, inclusive, envolve uma troca de estranhezas entre Varang (Oona) e Neytiri (Saldana).

  • Como não podia faltar, além do drama tocante familiar (conflito de relações entre pai e filho ou marido e mulher), sobra para um momento de referência clássica e celebrativo ao fantástico e inesquecível melhor filme de todos os tempos: Titanic. Quando Ronal (Winslet) está tentando curar Neytiri com remendos e a mesma reclama que seu remédio não é tão eficiente. Em Titanic, Rose reclama da mãe que os remendos no seu vestido a estariam sufocando. A semelhança de ambas as cenas termina também com o estranhamento entre as duas personagens.

  • Cenas de ação ou de captura, ou de sequestro em ambientes muito parecidos quanto ao filme anterior: floresta e navio.

Mais filmes?
Originalmente, as continuações de Avatar foram planejadas como uma pentalogia (cinco filmes), mas já se especula sobre um sexto longa. O futuro da franquia, incluindo os capítulos 4, 5 e 6, dependerá da recepção de Avatar: Fogo e Cinzas. James Cameron afirmou que possivelmente não dirigirá as últimas sequências; o cineasta demonstrou interesse em focar em outros projetos, um assunto que repercute desde 2022, logo após o lançamento de Avatar: O Caminho da Água.




MEMÓRIAS DA SESSÃO

Corrida contra o tempo. Do transporte público, corremos para um UBER no meio do caminho. O mapa do UBER se enrolou e nós também. Mas deu para chegar nos minutos do trailer e pegar o trailer 3D de Vingadores: Senhor Destino (Avengers: Doomsday) - o comentado trailer em que aparece o Steve Rogers

Chegamos de lanterninha no celular correndo pelo lugar que estava ao contrário do que se apresentava no mapa do Ingresso.com

Público teve um bom comportamento. Houve momentos de risada e eu até cheguei a lacrimejar dentro dos óculos em algumas cenas (uma emoção que não senti desde o primeiro Avatar). Infelizmente, a parte ruim foi um cabeludo com uma cabeça do tamanho de um aquário na frente da tela (apesar da tela IMAX ser GIGANTE também). E às vezes, ele 'sentava' na cadeira por completo e não atrapalhava a tela. Fora alguns que literalmente saíam no meio da sessão passando vagarosamente pela tela e ninguém reclamava (enfim, geração Z) atrapalhando a legenda, etc.

Outra, foi em algumas raras vezes gente ligando celular (1 ou 2, mas nada tão absurdo quanto em outros cinemas). 

O cinema ligou a luz no meio dos créditos (e ainda tava rolando cena 3D) o que deu um certo desconforto e dor de cabeça. 



SESSÃO CRÍTICA

AVATAR: FOGO E CINZAS

Sessão Acompanhada: Sábado - 17: 50
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