Tradicionalmente, a comunidade de jogos cancelados costuma guardar preservações há décadas para finalmente soltar em datas comemorativas, para a felicidade e apreciação dos entusiastas mais pacientes. Essa referência remete diretamente às estratégias das distribuidoras da dourada guerra dos consoles SEGA versus Nintendo. E o ano de 1993 teve um natal icônico. Coincidentemente, um título de 1993 chegou neste natal de 2025.
Com o apoio do grupo VGHF, fundado em 2017, o site Hidden Palace acaba de avisar sobre a descoberta: Pit Fighter II. A lendária continuação do clássico dos Arcades de 1990 e que ganhou uma adaptação icônica e elogiada para o Mega Drive.
A cópia da rom data de 5 de abril de 1993. Época em que revistas especializadas estavam lançando matérias com fotos exclusivas e quentes do jogo em questão.
Pelo que se baseia as notícias da época, Pit Fighter II viria como uma edição exclusiva para o Mega Drive. No entanto, outras fontes (como a revista Mean Machines 22) descrevem que o jogo seria, na verdade, lançado para o SEGA CD (o acessório 16 Bits CD do Mega). A nota veio durante uma cobertura especial da CES.
A Atari Games, marco no ramo dos consoles, também foi pioneira por trazer um título de luta fenômeno revolucionário no campo dos gráficos digitalizados em uma era pré-Street Fighter II versus Mortal Kombat.
Lançado originalmente pela Atari Games para os arcades e reprogramado e distribuído pela Tengen para os consoles, Pit Fighter II repete a dobradinha do primeiro. Desta vez, a programação fica por conta da Polygames e produção pela Tengen, contando com novos personagens e novos cenários.
O jogo traz uma conexão interessante com Guardians of the Hood - a obscura sequência de Pit Fighter para os arcades em 1992. Sendo assim, reunindo duas gerações.
Os Desafiantes
O trio original traz alguns discípulos ou sucessores, mas eles estão presentes. São eles: Buzz, Ty e Kato.
E agora, conta com mais quatro integrantes: Conner, Chief, Javier e Tanya.
O interessante é que na tela de seleção, os novos personagens são os primeiros a serem escolhidos, encabeçado por Conner.
CONNER
Campeão de Karatê. Prometido para ser o novo Buzz da geração 93. Tem força e agilidade moderada.
CHIEF
Ex-guarda-costas. O pesadão da turma foi cotado para ser uma novidade, trazendo uma jogabilidade inédita ao estilo Haggar de Final Fight.
JAVIER
Ex-militar. Ele é o Ty'93, com seus chutes longos.
TANYA
Rainha da bicicleta. Seguindo a tendência das heroínas elegantes, a garota é a mais ágil da turma, mas tem fragilidade como desvantagem.
Novos Cenários
O roteiro de Pit Fighter II é desconhecido. Mas pelo que se sabe, tendo cenários como base, o torneio de competições estava deixando de ser um evento clandestino e se tornando algo cada vez mais popular, com campanhas expandidas nas ruas e outros cenários pouco convencionais para uma luta.
BOATE
Ao fundo, uma modelo semiunua fazendo pole dance. Inusitado, para um jogo da era de prata dos jogos de luta, tempos em que discussões sobre classificação ou faixa etária era novidade no campo dos simuladores e diversões eletrônicas.
RUAS
Cenário tradicional de jogos de ação/ plataforma com brigas de gangue que lembra a obscura sequência de Pit Fighter para arcades, Guardians of the Hood.
PARQUE
Um local de evento e ao fundo uma entrada para uma casa de diversões.
ESTÚDIO
Dois camaradas se acabam na porrada e ao fundo uma modelo faz aquela virada com uma piscadinha.
ACADEMIA
Pit Fighter é muito associado ao filme O Grande Dragão Branco pela imprensa especializada de 1990 e a presença deste cenário projetado em sua sequência para os 16 bits deixou isso claro. Uma área de competição com tatame, estilo aos jogos e filmes de esporte.
DIFERENÇAS
Em Guardians of the Hood, o cenário Estúdio parece uma mistura de teatro com um cinema - tendo sombras dos personagens ao fundo.
Em Guardians of the Hood, é notável que os personagens também utilizam projéteis mágicos. O que em Pit Fighter II, versão – protótipo de Mega Drive, aparentemente não foi implementada - seguindo mais para o tradicional de Pit Fighter: batalha com mãos vazias ou armas brancas, ou objetos do cenário.
Guardians of the Hood conta com sequências entre batalha de gangues e algumas situações de lutas mano a mano. Em Pit Fighter II, apenas lutas mano a mano foram vistas no protótipo.
PONTOS POSITIVOS
Gráficos surpreendentemente bons, para um protótipo de 16 bits. Especialmente as animações digitalizadas, surpreendem, mesmo com suas limitações com granulados gráficos.
Personagens novos demonstram interessante potencial.
Seu desafio extremo pode render horas de treino. Testamos a cópia tanto na dificuldade mais elevada (nível 8) como na dificuldade mais baixa (nível 1), o jogo tem uma CPU muito sagaz, se livrando facilmente de macetes - algo parecido com as conversões de Street Fighter II. Bom para os hardcore.
PONTOS FRACOS
Nenhum dos novos personagens possui o especial de 3 botões com a colisão finalizada. Se você tentar realizar esses especiais contra, apenas a animação vai sair, mas o jogador fica vulnerável.
O jogo, infelizmente, não tem um último chefe e está inacabado.
VALE CONHECER PIT FIGHTER II?
Um protótipo que vale pela curiosidade e alguns momentos de desafio.
A saga A Era dos Jogos de Luta tinha Pit Fighter II como uma novidade na história. Esse evento adiantou um pouco o que estamos preparando.
A Era dos Jogos de Luta.. vem aí.







