domingo, 17 de novembro de 2013

[Sessão Crítica] Jogos Vorazes: Em Chamas - IMAX

NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
Jogos Vorazes: Em Chamas
Ficha Técnica


SESSÃO CRÍTICA
Jogos Vorazes: Em Chamas

COMPLEXIDADE AUMENTADA
Nesta arrebatadora sequência, reencontramos Jennifer Laurence, agora com um Oscar em mãos por O Outro Lado Bom da Vida, conquistado no último evento da academia. Justamente pela vitória de Lawrence, e por ser levantada como a mais nova queridinha de Hollywood pela crítica, Jogos Vorazes: Em Chamas passou a ser considerado pelo especialistas em cinema como o filme mais comentado de 2013. 

Não é atoa, filmes de franquia (Super-Heróis que o diga) tem se tornado a menina dos olhos das produções Americanas. Jogos Vorazes mostrou o seu valor e provou que é parte de uma das melhores histórias adaptadas de livros com protagonistas jovens desde Harry Potter.  Talvez a sua comparação com tais obras tenha afugentado alguns expectadores, que acreditariam ver mais do mesmo. Se comparar Jogos Vorazes com Harry Potter e Crepúsculo era um equívoco, agora, eu posso dizer, que de certa forma é um INSULTO. Calma, galera, digo isso no bom sentido porque a trama que envolve Jogos Vorazes é muito mais séria e realista, poderia até mesmo valer como uma reflexão, mesmo com o seu teor construído para entreter jovens. 

Jogos Vorazes: Em Chamas, como já expressa o título, pega muito mais pesado no ritmo. E não digo com a presença de haver mais violência, mas de haver mais tensão entre a batalha de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e a política opressora que comanda Panem. 

Lawrence continua excelente e nos encantando como Everdeen, com toda a força da personagem e seu espírito de luta e vontade por independência, ao mesmo tempo que nos vemos sufocados com a personagem, diante de sua situação - as consequências dos eventos anteriores lhe deixaram sequelas - os surtos traumáticos e o terror psicológico gerado pelo sistema são quase perfeitos, o lance de desconfiança entre quem são os amigos e os verdadeiros inimigos tentam trazer uma certa profundidade para a protagonista, mas acabam por se tornar parte de um bom suspense em sua técnica. 

Enquanto que a sensação de reality show da trama é quase perfeita em sua técnica, a construção de armadilhas, a reverência aos guerreiros mortos em combate (tipo de referência que pode deixar alguns leigos boiando por algum momento) e o recebimento de objetos (parecendo coisa de videogame) - e nem tanto em se aproximar de algo ainda mais próximo de uma montagem, como a execução de música diante de um momento de perigo (isso é apenas coisa da edição do próprio filme e não da trama). Porém, a sensação de grande evento é um encaixe épico - se tornando um dos melhores momentos desta sequência, aqui é estendido de uma forma próxima a de um verdadeiro espetáculo com a apresentação do Massacre Quaternário - comandado por um empolgante Stanley Tucci, na forma do apresentador Caesar Flickerman.  A produção caprichou no figurino, principalmente no vestido de apresentação de Katniss (Lawrence) - isso sem contar as suas outras vestimentas ao redor da trama. 

A forma como a narrativa sufocante coloca os personagens na ação, nos faz temer de verdade pela vida dos coadjuvantes ligados a Katniss, em meio a personagens tão cativantes - como os novatos no elenco:  Sam Claflin, como o galanteador Finnick Odair; e Jena Malone, como a durona Johana Mason (a única personagem que de certa forma me fez perder um pouco a atenção de Katniss), se tornam um desses grandiosos destaques. Jeffey Wright, na pele de Beetee , e até mesmo Lenny Kravitz, como o estilista Cinna, também se tornam boas surpresas. 

Os experientes atores, Donald Suterland e Philip Seymour Hoffman, se encaixam perfeitamente como os grandes vilões, presidente Snow e Plutarch Heavensbee respectivamente, mais uma vez mostrando-se competentíssimos. Patrick St. Esprit representa magnificamente o opressor comandante Thread. Liam Hemsworth tem grande triunfo na pele de Gale Hawthorne, quanto ao seu romance com Katniss - deixando os expectadores de coração dividido, enquanto existe a amizade da mocinha com Peeta Mellark, interpretado por Josh Hutcherson, e a preocupação em se manterem vivos através de uma farsa - excelente e exemplar complexo que convence melhor do que qualquer triângulo amoroso gerado pela geração Crepúsculo. 

Continuidade com desenvolvimento dramático que beira a perfeição - apenas com algumas superficialidades no conceito psicológico e montagem ficcional - excelentes atuações e suspense, esta certa ficção científica de críticas políticas para adolescentes continua no rumo certo e termina em um climax a altura de toda a sensação de explodir cabeças de fãs. A versão IMAX ajuda na técnica sonora em provocar sustos e deixa a já excelente trilha sonora de James Newton Howard bem refinada.  

FICHA TÉCNICA
Título Original: Hunger Games: Catching Fire 
Sessão Acompanhada: UCI New York City Center - N 12 - 19:30
Gênero: Aventura
Direção: Francis Lawrence
Sinopse: A trama dará continuidade a história de Katniss Everdeen depois que os tributos do Distrito 12 vencem os jogos. Em Jogos Vorazes - Em Chamas enquanto uma rebelião contra a opressiva Capital é iniciada Katniss e Peeta são obrigados a participar de uma edição especial dos Jogos Vorazes o Massacre Quaternário que acontece a cada 25 anos.

Em breve, confira a galeria de fotos e pôsters no álbum "Memórias da Sessão" em nossa página no FACEBOOK
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