sábado, 8 de maio de 2010

Dedo no Joystick: Dragon Quest VIII Journey of the Cursed King

Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King

O gênero RPG é predominante no Japão, por lá, são os jogos mais apreciados. A franquia mais tradicional, mais jogada, e mais vendida, é sem sombra de dúvida Final Fantasy. Em segundo lugar, vem Dragon Quest. Final Fantasy fazia muito sucesso no Japão, e no ocidente - de certa forma - , o mesmo não acontecia com Dragon Quest, porém, isso mudou.
Geralmente, o que afastava o pessoal, era o fato do jogo ser meio complicado, além de exigir muito dos jogadores. Jogadores ocidentais estavam acostumados a jogar games em que era preciso só bater, ou atirar, em uma ação frenética, sem muita exigência de raciocínio.
Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King, manteve muito de suas tradições, mas sem abdicar das tecnologias atuais, simplificaram as coisas, pegaram boas doses de charme e carisma, cativando assim, o público(chato, de mente fechada) ocidental. Criando um ar mais amigável.
As paisagens nos deixam abismados e sem palavras
No início, uma abertura leve, convidativa é apresentada. Música leve e ritmo leve. Uma batalha é começada, fácil, simples, só de aprendizado, seguido com um tempo de exploração regado com muitos diálogos. Sua primeira busca é iniciada, com ela, percebe-se que há a necessidade de evoluir seu nível e equipamentos para se enfrentar um perigoso e vasto mundo. Tudo é tão limitado no começo, tanto em espaço, quanto em atividades e opções, que quando o mundo é aberto para desbravação, dá até um certo medo, você se sente fraco e incapaz diante de tudo, com receio de se perder, ou de perder algo. Mas tenha consciência que é preciso sair da zona de conforto e enfrentar o mundo para pregredir, o mesmo vale para a vida real.
O planeta se abre, e descobre-se nele um local pulsante, imersivo, como se não precisasse de testemunho para provar que existe. Muitas tarefas, atividades e missões extras são liberadas, como: fusão de itens, catalogar monstros, alcançar locais secretos, participar de campeonatos de equipes de monstros, caçar moedas para uma rainha colecionadora, procurar por itens raros, e missões paralelas. Coisas para se fazer aqui não faltam.
Uma batalha vai começar. É uma cilada Bino!
Na parte técnica, um trabalho de se admirar. Um cel-shading bonito, junto com as ilustrações de Akira Toriyama. Dá um ar de desenho animado, algo meio Dragon Ball. Como se trata de um tema medieval, as dublagems receberam tratamento especial, todos possuem sotaque europeu, cuidado especial que não se vê todo dia. O que dizer da trilha sonora? Temas velhos e novos de Dragon Quest regidos pelo sofonista Koichi Sugiyama - pioneiro em reger músicas de games - , junto com a Orquestra Sinfônica Metropolitana de Tóquio em um anfiteatro, gravando as músicas do game. Ao se fechar os olhos, pode-se tranportar para um verdadeiro concerto, uma verdadeira massagem no cérebro, sem frescura.
-Ei! Já te disseram que você parece o Yoda?
A história não é tão bem trabalhada como na série Final Fanatsy, é até meio clichê, mas o carisma dos personagens em suas ações e diálogos, dividindo histórias e experiências entre si dá o tom certo para a aventura valer a pena.
Dragon Quest VIII foi um marco, difundiu a franquia para o resto do mundo, abrindo um leque maior de opções na vida de muitos gamers ao redor do globo.
-Nunca mais me chame de mera cópia de sayajin! AAHHHHHHHH!!!!
Pena os RPGs da sexta geração de consoles serem tão fracos, vazios e iguais, nem todos merecem ser jogados, mas existem exceções. Por isso, deve-se aproveitar bem os poucos que realmente prestam, este é um deles, aproveite! Mas que fique bem claro, é um jogo difícil, muita dedicação por parte do jogador é requerida, prepare-se para gastar dezenas de horas por aqui.
Ponto forte: Um mundo inteiro a ser explorado, que parece ser só seu.
Ponto fraco: É muito difícil e demorado ganhar level, porém, isso é MUITO necessário para progredir. Cansa bastante.
Nota do Léo: 9,0
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