sexta-feira, 13 de outubro de 2017

[1 Ano de Street Fighter V - Parte II] Quem Aqui não dá Nível ? Ganhei o meu Primeiro Campeonato de Street Fighter V no Anime Wings 2017



7 de Maio de 2017 - Domingo

Pra começar, a minha ida ao evento não estava prevista.  Mas devido a confirmação surpreendente da Juliana no evento, resolvi pensar na possibilidade mais uma vez – até por que eu ainda não havia me lembrado de que teria Street Fighter V no convenção (e eu tenho me dedicado bastante nesse jogo, da forma que eu posso).

Como pré-evento, fiz um “amistoso” online jogando 2 horinhas anteriores (entre 00:00 e 02:00), com transmissão via Facebook  (TIM Live abençoada), e acabei meio que virado no domingo.

Acordei meados de 09:00. Mas aquela sede de jogar de novo fervia e fui lá investir em mais umas partidas pela manhã, acreditando que o horário até às 12:00 (inicio do evento) seria infinito (ou pararia no tempo até que eu saísse de casa). Não foi bem assim, né?

Enfim, encarei umas partidas da depressão (Ranked Match) na última madrugada e acabei perdendo uns 200 pontos (caindo de Ultra pra Super Silver de novo) – aquela insistência quando a gente já tá ganhando e mantém confiança. Eu estava com 10 vitórias consecutivas, mas só gerar uma leve insegurança em manter o pique que acabei perdendo tudo nas duas lutas seguintes para um Silver (de liga inferior, mas com um jeito de jogar de um Platinum – sem sacanagem).  E como sempre, os mesmos personagens: Ryu, Bison e Zangief tem me dado muita dor de cabeça com agarrões e cutuques bem fodidos.

Algumas amigas perguntaram se eu iria pro Anime Rock, mas os meus olhos acabaram ficando no Anime Wings por causa do torneio de Street V, principalmente. Tudo começou porque confirmei com o organizador do evento – Flavio Melo. Um cara muito solicito, responde a todas as perguntas. Infelizmente, por causa do tempo, não pude obter credenciamento, tive que tirar do meu bolso e fui como pagante mesmo (fazer o quê!) apesar de toda a dificuldade. E com o Anime Rock seria a mesma coisa, apesar dos meus amigos do Batmania Rio (o qual já fui integrante) estarem lá, de nada adiantaria aparecer por lá sem certeza de nada.

Não estava com interesse de produzir novos álbuns de fotografias este mês (devido ao gigantesco material dos eventos grandiosos que ocorreram nas semanas anteriores e que ainda faltam serem publicados) então fui ao Anime Wings apenas para relaxar. A maioria dos poucos cosplays que vi achei interessantes, lindíssimos.  Pensei com os meus botões: provavelmente a maioria deveria ter ido pro Anime Rock ou então acabaram não aparecendo em nenhum dos dois eventos para evitar eminentes confusões que seriam causadas entre as torcidas organizadas do Flamengo e Fluminense pelo caminho.  Falando nisso, só ouvia barulho de bomba em cada estação de trem que eu parava. Como “Não amar futebol?” Eu diria que tenho N motivos pra odiar futebol.

Eu via uma cosplayer ali e acolá bem legais (aquelas caracterizadas “lolitas”) batia a vontade de um autorretrato, uma sessão de fotos, mas eu acabei deixando de lado e optei por apreciar de longe mesmo – “-Você precisa descansar!” era só o que a minha mente dizia. Daí eu vi uma Lara Croft dançando Just Dance e eu: “-Putz! Uma Lara, meu Deus! Preciso ir lá!” mas a consciência do descanso me segurava e fiquei pela área de jogos mesmo. 

Eu sei, eu me conheço, sou perfeccionista. Eu vou tirar a foto, mas depois vou querer  chegar em casa, mexer na coloração e tudo mais, e isso me demandaria tempo com mais matérias enquanto os outros ainda não foram publicados. Então, era o meu momento de descansar.  Assim como eu costumo fazer em determinadas situações do evento (aonde não posso ir além do que posso fazer com a minha ótima câmera amadora Canon): Deixo o bom trabalho para os fotógrafos profissionais com as suas gigantescas câmeras Nikon que desembolsaram uma fortuna o qual eu não posso usufruir no momento (quando eu tive a chance, me enganaram e, de quebra, sujaram o meu nome – enfim, longa história, mas é pra gente saber quem nem na família a gente pode confiar. Mas Deus queira que eu dê a volta por cima).

Tudo começou na saída. De hora em hora eu mandava mensagem pro Flavio se dava tempo de chegar ao torneio. Ele deu segurança e me senti aliviado naquela longa viagem de 2 horas e 33 minutos até Largo do Machado. Primeiramente, eu saí de casa com o intuito de almoçar, não de ir ao Anime Wings, mas por precaução (como efeito de “mudar de ideia no caminho e não olhar para o corte orçamentário”) me preparei . Vai que eu poderia me arrepender  ou então me arrepender de ter gastado tanto – fui inconsciente sem pensar nos problemas, só de sentir o ar puro. Quando então estive na estrada, direcionado para onde eu iria – mudei de ideia no caminho e resolvi pegar a Kombi (já que o transporte público é escasso).

Mas não peguei a kombi de primeira, veio uma lotada, mas aí o cara: “-Pode entrar, vai descer ali mesmo!” ah, tá, ali mesmo, entrevado numa viagem de quase 40 minutos até o centro de Campo Grande? Não, obrigado. Pra você ver como que esses profissionais autônomos acabam só pensando no lucro deles e conforto do passageiro é igual a ZERO (não sei o que é pior no nosso país).

Então ficou o combo: Ônibus + Trem + Metrô. e fui fazendo as contas (e mais o aluguel – que come o salário de qualquer um).  Cada viagem era tensa por causa do tempo – saí por volta de quase 11:00 e o evento começa às 12:00. Saudades de Ramos, quando eu levava um pouco menos de 1 hora.

Chegando ao evento, fui recepcionado por dois atendentes bem simpáticos, deixei lá 1kg com o valor da meia entrada. Na passagem, perguntei a uma colaboradora do evento sentada em uma cadeira, frente a uma mesa, num corredor , aonde é que estava tendo torneio de Street Fighter V, ela não entendeu (como previsto) e falei em língua universal: “-Onde fica a sala de jogos ?” ; “- Bom, parece que tem uma sala cheia de televisores com videogames, é por aqui (ela aponta pro corredor, atrás de onde está sentada). Se você passar pela porta vai ver um monte de tela, é ali!”. O evento, assim como a maioria, ficou em uma escola – no Liceu Franco Brasileiro. Desci na estação Largo do Machado, pedi informação a um senhor que me orientou certinho e foi algo em torno de segundos que cheguei lá – achando que ia andar um chão. Chegando na porta da sala de jogos, vi o nome de uma professora, praticamente toda a estrutura de escola (apesar de, é claro, ser uma escola, tudo se manteve. Até faz parte já que há muitos animês sobre colegiais).

Assim que cheguei, o controle já me foi passado pra jogar Street Fighter V. Daí, me toquei de uma coisa que Flávio já havia me esclarecido (e que me fez pensar se eram os mesmos organizadores dos torneios The King of Fighters XIV e Street V no Anime Pocket o qual ganhei o 2º lugar no Street). Na verdade duas coisas que se confirmaram: os responsáveis pelo campeonato eram os mesmos (até cumprimentei o garoto de óculos, organizador da tabela, que já gravou o meu nome e rosto depois) e a outra: não trouxe o meu controle Saturn USB pra testar seu funcionamento no Playstation 4. Com o controle Saturn, eu consigo fazer 80% daquilo que gostaria de fazer e 30% daquilo que eu gostaria de fazer num Dual Shock. Eu diria que, tudo bem, isso melhorou de uns tempos pra cá – entre jogar Street V em eventos com Dual Shock 4 e jogar no PC com Saturn USB.

De primeira, encarei uma partida difícil contra um jogador de Rashid – pensei que fosse perder a luta de primeira enquanto tentava me readaptar ao péssimo controle do Playstation.     Tentei fazer o que podia e consegui virar no fim. Assim como Geek & Game, os jogadores ali presentes começaram a se impressionar com as minhas jogadas. Enquanto um se levantava, veio o próximo e disse “-Pode ficar!”. Um deles preferiu jogar em pé, enquanto o outro estava sentado.  “-Já sabe que vai perder rápido, né?”; “-Tá me chamando de fraco?” disse o outro em pé. Esse mesmo que estava em pé disse, anteriormente: “-Vou perder rápido! ” mas conseguia se consagrar nas farofadas fatais com o Ken até eu me tocar . no fim, quase um Perfect K.O. mas ainda conseguiu levar um Round. Ele se irritou e depois disse: “-Não disse? Foi rápido!”. Depois de muitas partidas, o orientador anunciava a primeira luta e eu e o jogador de Rashid nos levantamos.

Assim que cheguei, eram umas 14 horas e alguns minutos. “-E aí, tudo bem?” cumprimentei o garoto da tabela e perguntei sobre o campeonato, me aliviei porque ele balançou a cabeça e me mostrou o papel: “-Pode por o seu nome aqui!” e eu me senti feliz ali, e deixei o meu e-mail também.

Assim que me levantei, um jovem de óculos, magro e cabelos curtos, olhos azuis, me cumprimentou: “- E aí, é o André!” na primeira vista achei que era o além me chamando mas de repente era o André Viana, André Spike. Caramba! Esse camarada que eu conheço há 10 anos do Fórum Fighters mas nunca nos vimos pessoalmente. Uma surpresa agradável aquela tarde de domingo, pra quem não dava nada. Então conversamos bastante – por pouco não nos conhecemos há 8 anos (no aniversário da Bianca Freitas “Chun-Li”). Apesar da sua fisionomia lembrar o ator Nicholas Cage, ele estava diferente pois eu costumava vê-lo de cabelos grandes nas fotos. Estava com a camisa do jogo The Legend of Zelda como bom apreciador de boas épocas assim como eu.

Ele também arriscou umas partidas no Street Fighter V. Pra quem só jogou 2 vezes, se saiu muito bem, ganhou duas partidas em meio as eliminatórias - perdeu uma, saiu (diferente do Anime Pocket que tinha a chance de jogar mais de uma vez).  Houveram alguns faltantes nas primeiras chamadas (antes, eu logo avisei que eu estava ali pro garoto da tabela me marcar), mas o micro campeonato felizmente deu seguimento.

“-Vai ganhar a camisa!” disse o André e eu meio sem jeito disse “-Será? Vamos ver! Vai que aparece uma surpresa!” já que eu sempre fico em segundo nos torneios  e ele: “-Será? Acho que aqui...! ” bem, eu estou nessa dedicação há 8 meses (desde que peguei pra jogar o jogo pra valer após adquirir a nova placa de vídeo), posso me considerar um iniciante também no jogo já que tem gente jogando desde o lançamento (há quase 2 anos precisamente, sem contar o beta).

Eu e André conversávamos, mas eu ficava preocupado em observar as jogadas da galera – preocupado de ver algum “kinder ovo” no caminho. E então, eu vi uma Karin (isso, a mesma lutadora que eu jogo) destruindo tudo e todos – mas percebi que ele perdia o tempo para finalizar os combos.

O mesmo jogador de Karin, assim que estávamos no aguardo da chamada, conversava comigo: “- Você estava na GGRF?”; “-Sim!”; “Eu me lembro de você!”; “-Você jogou comigo?”; “-Não! Meu amigo jogou contra você. Ele joga de Cammy. Aí você destruiu ele!” e eu fiquei todo bobo ali. E então o jogador de Rashid se juntou a gente e começou a falar sobre Samurai Shodown II com o André.

E então, eu estava frente a um jogador de Karin que eu nunca tinha encarado. Mas parecia um confronto de “Mestre” e “Aprendiz”, carinhosamente considerando. Já que ele me observava e ficava impressionado. Na nossa final, o garoto da tabela disse que a gente poderia usar o mesmo personagem sem problemas e eu: “-Ah, que bom! Por que só sei jogar com ela mesmo.”  Mas ali estava a Kolin (não desbloqueada), arrisquei uma Cammy e a Laura nas partidas livres pra ver mas optei por não arriscar no torneio personagens amistosos (ainda em treinamento) e fui de Karin mesmo – meu time de coração.

Enquanto a partida estava pra começar, Lucas – o outro jogador de Karin - disse que não conseguia fazer os combos que eu fazia, daí eu comecei a dar as dicas pra ele sobre vídeos no You Tube (é a melhor ferramenta pra aprender jogos que a gente tem hoje). Coincidentemente, ele disse que também participa da Sala Street Fighter V no Facebook e, aparentemente, deve ter participado de alguma Quinta Encardida. Ele disse que não tinha apelido (como acabei perguntando rápido com o intuito de saber a sua Capcom Fighters Network).

Mesmo contra um aprendiz, eu ficava nervoso – por se tratar de um momento decisivo. Ele sabia dominar o espaçamento, foi difícil chegar perto (e zoneamento é um grande problema pra mim – o fundo do poço que eu não consigo me livrar). No último Round, tive que arriscar coisas novas – usufruindo das artes dos meus mestres da Liga Gold, Platinum e Diamante (entre jogadores profissionais e jogadores top) – juntei um pouco de Mago, Nicole, Keoma e Zeusb. Só não deu muito Justin Wong porque é complicado acertar loucuras com precisão, mas foi. E no fim, daí eu estava pra me levantar da cadeira e nem acreditei... será que vai ter outra luta?

“-Ganhou, né? Às 17:00 você vem aqui pra pegar a sua camisa!” Wow! Enfim, ganhei o meu primeiro campeonato de Street Fighter V. Mas sei que há monstruosos desafios pela frente. Mas pelo menos eu posso dizer: EU VENCI UM TORNEIO DE STREET FIGHTER V. Finalmente. E o melhor: um torneio  - nunca venci um torneio na vida (e de videogames). Venci partidas sob pressão. Sim, eu tenho nível. Ou o melhor: estou dando.

Memória Pós-Evento
Enquanto eu jogava, aquele fim de semana sem almoço e nem janta começou a gerir efeitos através de um princípio de dor de cabeça – junto a toda aquele clima de torneio (apesar de eu estar cada vez mais me sentindo menos estressado e mais seguro).

Quando colocaram KOF XIV, apenas com os primeiros lutadores (sem os demais liberados e sem as atualizações), passei a colocar o que tinha e o que me saia melhor (Kyo, Mai e a nova protagonista, Sylvie) me saí foi com a Mai já que ando jogando muito com ela no SNK v.s. Capcom Chaos.

O André ficou louco depois.  Assim que colocaram Super Street Fighter II X HD Remix ele me cutucou enquanto jogava. Ele disse algo tipo Street Fighter II, olhei pro lado e não vi nada. Voltei a jogar. Mas daí, depois que perdi a minha primeira e única partida mano a mano em KOF XIV, me levantei e então vi que estava tendo mesmo.  Daí corremos pra lá e jogamos.

Nos enrolamos muito na configuração complicada do controle. O André não se deu muito bem com o pião do Zangief (segurando 3 socos no Dual Shock genérico) já que a configuração era complicada pra criar atalhos.  E mesmo assim, não perdeu uma. O cabra continua forte com o Dhalsim, pesadelo desde as partidas do Street Fighter II: Champion Edition dos tempos do Kaillera.

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