sábado, 11 de outubro de 2014

[Reacenda o Seu Cosmo: Capítulo 6] O Legado dos Cavaleiros do Zodíaco


--SESSÃO CRÍTICA--
O LEGADO DOS CAVALEIROS DO ZODÍACO 
A Origem 
Exibições
Na Mídia
Trilha Sonora
Outros Heróis
Ficha Técnica





  SESSÃO CRÍTICA
O LEGADO DOS 
CAVALEIROS DO ZODÍACO
"Série tem desfecho com chave de ouro"

No começo da década de 90, muito antes do filme Matrix, o desenho Akira desencadeou conceitos até então inéditos por uma animação cinematográfica daquele período: discutir conceitos filosóficos em volta do trabalho. Pouco tempo se passou e agora era a vez dos Cavaleiros do Zodíaco. O primeiro a ganhar tanta importância para o público infantil quanto uma novela tem para o público adulto em terras tupiniquins. O mais interessante acerca disso, é que a série de animação japonesa trouxe para a TV aquelas teorias complexas que só vimos em Akira direcionadas a uma platéia cinéfila mais 'cult'.

Embora seja um trabalho mais simples, voltado para um entretenimento do público infantil, Cavaleiros falava-se muito de superação diante das mais impossíveis barreiras. O desafio era crescente a cada nova saga - com os 5 heróis, percorríamos por caminhos aonde encontrávamos desde Cavaleiros de maior instância a Deuses corrompidos.

O final me trouxe aquela emoção reservada por estar assistindo como se eu nunca o tivesse em 20 anos (e eu realmente não lembrava, tirando a parte em que Seiya consegue acertar o elmo de Poseidon). A saga do Santuário certamente foi a mais marcante pra mim, e a saga de Asgard eu passei a admirar mais depois de sua reexibição no Cartoon Network em 2003 - ali eu ainda achava a saga uma mera cópia dos eventos anteriores.

Diante da personalidade dos personagens, era difícil estabelecer uma padronização distinta para cada um - alguns até consideravam os demais cavaleiros (Ikki e os outros) como meros sócias reencarnados do próprio Cavaleiro de Pégaso - por um lado algumas de suas qualidades acabavam batendo em igual durante os desafios em favor de um único objetivo: vencer.

É importante destacar aquelas qualidades que certamente podemos ver em nós ou então em nossos amiguinhos da escola, entre eles: o determinado (Seiya); o espirituoso (Shiryu); o sensível (Hyoga); o pacifista (Shun) e o antissocial (Ikki). Percebo que Shun, Seiya e Hyoga (respectivamente em primeiro, segundo e em terceiro) são os personagens mais incompreendidos. Quem se identifica mais com os momentos depressivos, revoltados e de reflexão certamente vai preferir os durões e os isolados, como Ikki, a Shun, Seiya ou Hyoga. Shiryu parece ser o personagem com o maior número de aprovação sem ser vítima de muitas polêmicas dos expectadores - a não ser o seu caso (que muitos julgam não ser resolvido romanticamente) com Shunrei

Embora Ikki nem sempre seja o Cavaleiro insensível, infelizmente, a sociedade é fruto de um comportamento acostumado a adotar a insensibilidade e a rigidez. Shun (o Cavaleiro mais subestimado) é certamente o personagem mais complexo da trama. Enquanto Fênix é o único a repor sua armadura das cinzas, Shun consegue recuperar a sua armadura destruída assumindo a cor dourada nos momentos finais da saga de Poseidon. Em outras situações apertadas, Shun demonstra sua verdadeira força sem a armadura, com a "Corrente Nebulosa", e surpreende por saber se impor mesmo sendo um dos personagens que mais choram na trama (para muitos).

Refletindo diante de um público vidrado em futebol, que não aceita o seu time perder em Copa do Mundo ou em um Brasileirão, parte dele um dia vibrou com Os Cavaleiros do Zodíaco justamente pelos objetivos que a série demonstra. No mesmo ano em que o Brasil venceu a Copa e faturou o Tetra após 24 anos sem levar um título, Cavaleiros estreava na rede Manchete.

A Copa terminou e Cavaleiros era um gancho para que os espectadores mirins voltasse a torcer pela vitória dos seus personagens favoritos - parte dessa torcida certamente se irritava com os momentos sensíveis da série - e Shun certamente se tornou a maior vítima desse meio tempo e acabou se tornando fã em definitivo de Ikki. Se transferirmos esse conceito para o campo de uma Copa do Mundo, Ikki seria um jogador sem misericórdia - o que registra o seguinte: as pessoas estão mais desesperadas em ver o resultado do que saber como é o processo para se chegar até o resultado. Mais "sangue" e menos "neurônios". Resultado de uma sociedade quadrada cheia de hipocrisia e poucos escrúpulos. Seiya deve "morrer" e a Saori/ Atena é uma "vadia" - exemplo de argumentos latidos gratuitamente tanto em eventos de exibição/ exposição de Anime/Mangá/Cosplay quanto em meio aos protestos políticos da atualidade (trocando o nome dos personagens por nomes reais e partidos). A moral da história é: Embora nem sempre acertamos, nem sempre erramos.

Aceitar a humanidade é a coisa mais difícil que existe e isso é um triunfo desta série. Com suas qualidades e fraquezas (tanto dos personagens quando do enredo), os produtores ousaram em não poupar animações (e até mesmo interpretações) expressando a emoção (principalmente a dor e o sofrimento) dos personagens. Eles provam aqui que os brutos também amam (para a ira da sociedade 'machista') e que também podem lutar a ponto de derrubar gigantes com muita bravura. Trata-se de um conceito sofisticado em um ambiente tomado por Super-Heróis recheados de testosterona e barba para fazer.

Os desenhos japoneses e os quadrinhos japoneses, hoje conhecidos respectivamente com os nomes mais próximos de batismo (o animê e o mangá respectivamente), começavam aqui (na incrível Década do Tetra) o grandioso domínio do mercado Japonês. Enquanto o animê e o mangá dependeram de muitos eventos independentes para se estabelecer por mais tempo, as adaptações cinematográficas dos quadrinhos Marvel vem retomando o domínio dos veteranos Super-Heróis Americanos com muito mais força do que antes em Hollywood. Eles também foram responsáveis por impulsionar algum novo gás às suas origens (atraindo uma nova geração de leitores) e aos demais produtos da mídia. É, o mundo dá voltas.

Se esse período atual de vacas magras da cultura nipônica é passageiro nunca se sabe, mas uma coisa certa é que os heróis americanos voltaram com mais força (incluindo heróis que algum dia foram considerados obscuros) em uma época diferente: hoje se pode escolher se você prefere consumir produtos oficiais de Super-Heróis Japoneses ou Super-Heróis Americanos - dentro de uma mesma loja especializada - ou então os dois e ser feliz do mesmo jeito.


ORIGEM 
"Seiya foi inspirado no protagonista de Ring ni Kakero da autoria de Kurumada"

A animação foi inspirada na obra dos quadrinhos japoneses de Masami Kurumada (60) para a revista semanal Shonen Jump. Iniciado em 10 de Setembro de 1986, as publicações do mangá coincidiram com a animação (entre 11 de Outubro de 1986 e 1ª de Abril de 1989).

A série adaptou as duas primeiras sagas: "Santuário" e "Poseidon" com as suas interpretações, personagens e capítulos extras à parte dos quadrinhos. Após esse período, os mangás continuaram com a saga de Hades, entre 10 de Novembro de 1989 e 10 de Abril de 1991.

 "A aventura de Kurumada virou desenho pela poderosa Toei Company"

Curiosamente, o título original "Saint Seiya" (Santo Seiya) seria "Ginga no Rin" (Rin da Galáxia). O nome do protagonista seria Rin e não Seiya. Primeiramente seria escrito com os kanjis significando "flecha sagrada" mas posteriormente Kurumada os mudou para "flecha estelar" (uma referência à constelação de Sagitário, signo de Seiya e do próprio Kurumada).









 Exibições 

Da TV para o Conforto Doméstico
"Duda Little, Patrícia (Kiss) Nogueira e Mitsui viraram ícones e marcam uma geração 
entre as principais apresentadoras dos Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete"

A primeira exibição do seriado foi às 18:30 no programa Clube da Criança em 1º de Setembro de 1994 (ainda que isso possa me parecer bastante obscuro de lembrar) apresentado pela Pat Beijo. Seus horários alteraram no decorrer do tempo. Após 4 meses, Cavaleiros ganhava um novo horário: 18:15 e de manhã, às 10:30, no Duda Alegria. Entre o fim de 95 e início de 96, a série ganhava um programa próprio - marcando uma geração (e inesquecível pra mim) - através de uma pequena apresentadora, a Japonesinha Mitsui*. 

*Por onde anda Mitsui? Pouco se sabe sobre Mitsui. Mas fontes de conhecidos dizem que ela estudou no Colégio Batista Shepard na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, por um breve período, e se mostrava muito simpática.

Algumas falhas da primeira dublagem afetavam até o entendimento da trama. Por exemplo, eu sempre achei que o Jabu era de Capricórnio e então torcia para que o meu signo "fosse bem representado".  O que não se poderia compreender é como poderia existir dois cavaleiros de Capricórnio - um de bronze e o outro de ouro.

A dublagem foi toda supervisiona pela Bandai (a indústria de brinquedos toda poderosa) que estava mais interessada pelo sucesso da série e em vender bonecos. As fitas foram logo exportadas da Espanha, e o trabalho foi todo realizado em cima do áudio espanhol, readaptando uma série de equívocos da exibição no país anterior, em 89.  A verdade foi esclarecida anos depois.

Com a perda das gravações da Gota Mágica, o desenho foi redublado na Álamo e distribuído pela Play Arte. O primeiro volume do DVD conta com algumas raras partes pouco audíveis logo no primeiro capítulo (entre elas, a dublagem de Saori). A nova dublagem ganhou créditos entre os fãs ao corrigir falhas encontradas na primeira gravação de 94.

O seu lançamento em DVD - em 2004 - marcava pela primeira vez o lançamento da série clássica em Home Vídeo. Quando dublado pela Gota Mágica, apenas os filmes foram lançados em 1995 pela Flashstar em VHS.


 Na Mídia 

--BRINQUEDOS--
Em apenas 12 dias após o lançamento de Cavaleiros do Zodíaco na Rede Manchete a Bandai já colocava nas lojas os primeiros brinquedos licenciados da série. Os bonecos eram sofisticados em comparação aos produtos dos seriados "Tokusatsu": suas armaduras eram de metal.


--REVISTAS--

Na dublagem, adaptada para o público Brasileiro, muitas vezes Deus (o pai de todos) substituía Zeus (o personagem mitológico da Grécia) na tradução. Nas revistas, logo era perceptível o engano de grafia nas traduções dos nomes dos personagens na primeira edição da Herói. Saori, por exemplo, era mencionada como Saory. 

Nota: O Pré-Show desta maratona trouxe textos com o apoio da revista Herói nª 1 - "Edição de Colecionador" (1994) para contar a origem das constelações.
  
Shun é o Mestre Ares? Na edição 18, em que a revista Herói falava sobre o futuro dos Cavaleiros do Zodíaco, pela capa, tudo levava a crer que Shun se tornaria nada mais nada menos do que o grande mestre das doze casas no final da série (isso se tudo acabasse na saga Santuário). "- Sim! Shun é o verdadeiro de Mestre do Mal (ou seja: Mestre Ares)", mas.. peraí! Era uma foto montada pela revista Herói ? Na verdade, ela é oficial e faz parte da capa do CD "Eternal Edition file 10", uma trilha sonora especial inspirada na série, esse tipo de coletânea é mais conhecida como "Drama CD" (uma simulação de histórias faladas ou demais elementos audíveis com base em alguma obra já existente), tendo como tema a saga de Hades dos mangás. 


 A revista Herói era certamente a mais popular, mas também houveram outros trabalhos importantes como: Heróis do Futuro (que nada tem a ver com a revista Herói), Animação e os trabalhos incríveis de Sérgio Peixoto - somado a aquelas publicações de tremendo impacto visual - como os posters para colecionadores

" - Essa foto foi tirada em 11 de Agosto de 1997, no subsolo da editora Magnum. Em torno de mim estão pilhas e pilhas das primeiras edições da Animax e Megaman. "
Sérgio Peixoto Silva

Peixoto é um dos nomes mais importantes entre os jornalistas críticos de animê & mangá no Brasil. Conhecido por suas severas ferroadas na série dos Cavaleiros do Zodíaco, quando este estava em enorme ascensão, foi editor da revista Animax (uma das mais antigas em atividade no ramo) com publicação da editora Magnum (mais conhecida por disponibilizar revistas sobre armas de fogo) ao lado de José Roberto Pereira (J.R.P.). Após o fim da revista, surgiu a Japan Fury em 15 de maio de 1996.

E por que não se lembrar dos álbuns de figurinhas? A febre que propaga entre as séries e demais programas de TV não excluíam a popularidade dos Cavaleiros do Zodíaco - trazendo imagens oficiais até então inéditas - muitas das imagens nunca antes vistas na série da TV ou em qualquer outro círculo de divulgação. O álbum era vendido por apenas R$ 1,50 bancas (tempos que o REAL ainda rendia no bolso).

" - O sucesso era tanto que existiam até os álbuns genéricos!"









 
--GERAÇÃO--
"A cosplayer Chilena, Katta Ramos, assume o papel de Saori Kido"

Cavaleiros inaugurou uma geração de novos animês de sucesso na TV. Junto com todo esse sucesso, grupos independentes começavam a se mover para realizar eventos voltados aos fãs vidrados na cultura pop Japonesa. Otaku se tornou um termo bem popular durante a década de 2000 - graças aos eventos do gênero e a internet - geralmente associados a esse grupo. No Japão, Otaku possui significados diferentes. No Brasil, inicialmente esteve restrito à colônia Japonesa durante o final da década de 80 e se associava a "sua casa" ou "sua família".


--VIDEOGAMES--


"O primeiro jogo dos Cavaleiros do Zodíaco era um misto de Aventura e RPG*¹"

Apesar de não terem sua presença nos videogames do momento, Mega Drive e Super Nintendo, Os Cavaleiros do Zodíaco tiveram a sua passagem no Nintendo 8 Bits durante a década de 80 - época de lançamento do desenho.











"O jogo trazia a possibilidade de escolher um dos Cavaleiros para batalhar"

Lançado em 14 de Agosto de 1987, "Saint Seiya Ougon Densetsu Kanketsu Hen*²" posteriormente ganhou uma continuação e uma versão remodelada para o portátil da Bandai (WonderSwan Color, lançado no ano 2000) com um novo subtítulo: "Perfect Edition" em 30 de Julho de 2003.

*RPG: Gênero de videogame  com estilo próximo aos jogos simulados com tabuleiro.
*²Traduzindo o subtítulo: significa "A Lenda do Ouro".



TRILHA SONORA
A primeira exibição dos Cavaleiros do Zodíaco trazia o título em Espanhol ("Los Caballeros Del Zodíaco") e o tema "Os Guardiões do Universo" era na verdade uma adaptação em português da canção em Espanhol. A tradução ficou praticamente fiel ao original. A composição era como um hino dos Cavaleiros - chegando a lembrar muito as canções tocadas em marchas militares (ou até mesmo os sons do próprio hino Brasileiro). 


Após a exibição do episódio 52 ("O Golpe Satânico de Ares") o seriado teve um hiato. Voltando com força total em 1995, com toda a excelente repercussão, o tema "Os Guardiões do Universo"   posteriormente foi substituído por um ousado tema - trabalhado em uma letra completamente original para a exibição na rede Manchete. 

"Larissa e William receberam um Disco de Ouro ao vivo"

Larissa Tassi - que iniciou a sua carreira com apenas 4 anos ao lado da Xuxa e comerciais na TV - se juntou a William e se tornaram a dupla mirim responsável pelo álbum Os Cavaleiros do Zodíaco após passar em um teste na rede Manchete com apenas 11 anos. Embalado no sucesso do desenho e dos produtos licenciados, o álbum vendeu 700 mil cópias e lhes garantiram premiações com Discos de Ouro, Platina e Platina Duplo e participação em programas da TV como Angel Mix, Bom dia e Cia, Xuxa Hits8 , Programa Hebe e Programa Livre.


  "Até a Rede Globo se rendeu ao sucesso Titânico dos Cavaleiros do Zodíaco"
Larissa tem um timbre de voz muito semelhante ao de Sandy (da dupla Sandy & Junior). Os temas parecem completamente inspirados na grande audiência mirim.  Esses álbuns de seriados infantis da Manchete sabiam como cativar com suas músicas em português sem necessariamente serem tão bobinhas quanto alguns temas inspirados nos desenhos dos anos 80 exibidas pela Xuxa (a exemplo de She Ra e He Man). 

Os produtores musicais, Augusto César e Mário Lúcio de Freitas, souberam crescer com o público infantil, que estava entrando na pré-adolescência e que já passaram pela fase Jaspion e Changeman, com letras simples embaladas por um ritmo sofisticado, são temas gostosos de se ouvir até hoje. Algumas interpretações recriavam descrições envolvendo os personagens da série. 

A abertura e encerramento tinham músicas iguais em sua primeira exibição. Em seu retorno, em 1995, ganhou a música composta pela dupla Rodrigo e Felipe, "Rap do Zodíaco", como encerramento. 

Lista de Músicas encontradas no Álbum Nacional:

01. Os Cavaleiros Do Zodíaco - interpretada por Larissa e Willian
02. Seiya, o Cavaleiro de Pégasus - interpretada por Larissa e Willian
03. Saori - interpretada por Larissa e Willian
04. Mestre do Mal - interpretada por Mário Lúcio de Freitas (Part. Especial: Walter Breda)
05. Shina - interpretada por Sarah Regina
06. Marin - interpretada por Sarah Regina (Part. Especial: Hermes Barolli)
07. Rap do Zodiaco - interpretada por Rodrigo e Felipe
08. Os Cavaleiros Do Zodíaco [Karaoke]
09. Seiya, o Cavaleiro de Pégasus [Karaoke]
10. Saori [Karaoke]
11. Rap do Zodíaco [Karaoke]
12. Força Astral - interpretada por Karina, Rodrigo e Felipe


"Rap do Zodíaco" era um dos temas mais curiosos e cheios de imaginação. A música parece retratar a infância dos Cavaleiros de Ouro sob uma descrição independente de uma criança – mas na verdade se tratava diretamente aos signos (o "Caranguejo" era na verdade o "Câncer", a “Balança” é “Libra” e o Touro "adora desenhar", por exemplo).


No som original, a maior parte é embalada por belíssimos temas instrumentais compostas por Seiji Yokoyama. As canções tema muito se fala diretamente com o espírito emocional da série do que o espírito de sua audiência sem deixar de cativar a essência de interagir. Hoje, se leva em consideração a nostalgia em comum. 
"O vocalista do Make-Up (Nobuo Yamada) começou em uma banda colegial, nos anos 70, ao lado de Hinobu Kageyama"

Numa geração que adota o tradicional Rock'n Roll pesado e conhece a origem da série através da internet e dos eventos dedicados a Cultura pop Japonesa, optarão apenas pelos temas originais compostos no Japão. 

A exigência em aproximar (com letras em português) ao estilo sonoro das músicas originais aparentemente foi grande para tentar atrair uma audiência agora representada por adolescentes e jovens que baixam animês via Torrents, mIRCs, Kazaa e outros meios de disponibilização de downloads/ servidores. No Brasil, "Pegasus Fantasy" (a música tema da primeira abertura no original) e "Soldier Dream" (primeiro encerramento no original) foram regravadas em uma adaptação por Edu Falaschi - cantor de Heavy Metal, Thrash Metal e Power Metal da banda Angra. "Soldier Dream" (segunda abertura no original) e "Blue Dream" (segundo encerramento no original) foram regravadas pela voz suave (bem estilo Soul) de Che Leal. 

A banda Make-Up se encarregou da primeira abertura e encerramento no original:  "Pegasus Fantasy"  e "Blue Forever". Na segunda abertura e encerramento, as canções  ficaram a cargo do próprio Hinobu Kageyama (Dragon Ball Z e Changeman) com "Soldier Dream" e "Blue Dream" (esse último em conjunto com a Broadway).



Outros Heróis
 " Pokemón: um dos últimos sucessos que sucederiam 
os Cavaleiros do Zodíaco no fim dos anos 90 "

O sucesso dos Cavaleiros do Zodíaco desencadeou o lançamento de outras grandes produções da animação Japonesa. Mas não é só isso, é interessante também perceber as possíveis inspirações ou então as semelhanças de sua trama com o que se vê em outras obras. 


--STREET FIGHTER II V--

O sucesso estrondoso de Street Fighter II trouxe uma explosão de produtos e adaptações em 1994. Street II V foi um dos primeiros animês japoneses a estrear na TV após Cavaleiros e o foco é no protagonista Ryu - se considerarmos muitas coisas na série inclusive a luta final. Ryu é o protagonista que apanha, apanha, apanha até conseguir a sua então sonhada vitória. Seiya de Pégaso mandou abraços. 










--THE KING OF FIGHTERS--

Surgido em 1994 (exatamente no mesmo ano em que Cavaleiros do Zodíaco chegou à TV), The King Of Fighters logo se tornou o carro chefe de sua criadora, a SNK. Porém, a popularidade do jogo esteve muito associada aos fãs de animê e mangá. Em sua primeira versão, as páginas de prévias de revistas especializadas (como a Super Game Power) não se falava do chefe final, mas de um encontro mega estrelado por algumas das grandes estrelas do videogame Neo Geo e dos fliperamas que comportam os seus tais títulos. Levando em consideração também a sequência, The King 95, o enredo solidificava esse poderoso "inimigo oculto" que os grandes jogadores teriam de enfrentar. 

O melhor ainda é que o jogo é todo composto por times e países. Em Cavaleiros, os heróis, algumas vezes, lutavam juntos contra um inimigo em comum e representavam constelações. Basta trocar: Cavaleiros por lutadores (cada um com os seus poderes) e constelações por países.. voilá! Cavaleiros está no sangue desse jogo.  Sem contar que, em época de Tetra, países representantes (por times) e constelações (cada um de nós tem um signo) tem muito a ver com Copa do Mundo.  

--B'TX--

Kurumada posteriormente lançou o mangá B'T X entre Outubro de 1994 e Janeiro de 1995. A semelhança de seus personagens com Cavaleiros do Zodíaco se tornou a sua marca registrada - como se fossem os mesmos personagens atuando em papéis e histórias diferentes.






FICHA TÉCNICA
Título Original: Saint Seiya ('Seinto Seiya' 聖闘士星矢")
Título Alternativo: "Los Caballeros Del Zodiaco"
Datas de Lançamento: 1/9/1994 (TV), 2004 (DVD)
Com:  Hermes Barolli (Seiya de Pégaso); Élcio Sodré (Shiryu de Dragão); Francisco Bretas (Hyoga de Cisne); Ulisses Bezerra (Shun de Andrômeda); Leonardo Camilo (Ikki de Fênix); Letícia Quinto (Saori Kido/ Atena) e Maralisi Tartarine (Shina de Cobra). 
Gênero: Ação/ Drama (desenho)
 
---SOBRE---  
REACENDA O SEU COSMO
 CAPÍTULO 6
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OS 
CAVALEIROS 
DO
ZODÍACO
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O LEGADO DOS CAVALEIROS DO ZODÍACO
Textos, Captura e Edição de Imagens (Textos) 
--- Mestre Ryu ---

Agradecimentos Especiais

--Gigante Guerreiro Daileon--
--William David--
--Bia "Chun-Li"--
--Eduardo Miranda--
--Sérgio Peixoto--
--Katta Ramos--
--Cláudio Roberto de Oliveira Braga--

E

À VOCÊ



 MUITO OBRIGADO À VOCÊ


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Apresentado por 
Santuário do Mestre Ryu© 2014


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