DO FUNDO DA ARCA - PARTE 3
SERIADOS ESQUECIDOS - EDIÇÃO HISTÓRICA
SUPERBOY
SESSÃO CRÍTICA
ANÁLISE EX
2.QUADRINHOS X SÉRIE
3.BASTIDORES
4.REFERÊNCIAS
5.CONCEITO
6.CONVIDADOS ESPECIAIS
7.EXIBIÇÃO NO BRASIL
9.PREMIAÇÕES
10.OUTRAS VERSÕES
11.TRANSCENDÊNCIAS
MEMÓRIAS DA SESSÃOSÓ HÁ UM SUPER
EPÍLOGOCRÉDITOS
Ah, os anos 80. Uma década marcada por brutamontes armados até os dentes, derrubando dezenas de capangas, com grandes clímaxes que sempre envolviam uma base secreta e muitas explosões. O herói, por vezes, saía ileso ou, no mínimo, muito machucado. Mas, Superboy era um ponto fora da curva – um super-herói quase cristão, sempre pronto para se sacrificar diante de desafios cada vez maiores.
Tal pai, tal filho, os empresários Ilya e Alexandre Salkind, responsáveis por levar o universo cinematográfico de Superman para as telas com Superman: O Filme e Supergirl, surpreenderam com a criação de Superboy, um presente inesperado.
No final dos anos 80, o Donnerverse de Superman já estava em declínio. No entanto, devemos ser eternamente gratos a Christopher Reeve, que se manteve fiel ao personagem, tanto em seus momentos de auge quanto em seus períodos de queda. Curiosamente, esse nível de fidelidade não se aplica a Superboy. O seriado, um dos pioneiros de super-heróis na TV, contou com dois intérpretes diferentes para o protagonista ao longo da mesma linha cronológica.
Trocar atores para um papel nunca é uma decisão fácil, principalmente quando já nos acostumamos com a imagem e o carisma de um ator ou atriz. Porém, dificilmente saberíamos como o personagem evoluiria caso o mesmo ator fosse mantido, desafiado por novos formatos e cenários. A troca de intérpretes, muitas vezes em favor de produções mais baratas e menos ousadas, foi uma prática comum nas décadas de 80 e 90, mas que, hoje, é menos frequente devido à exigência crescente do público.
Além de uma audiência mais exigente, surgiu uma mudança na maneira de olhar as narrativas de histórias em quadrinhos e ação, permitindo que uma produção se desenvolvesse com o mesmo elenco ao longo de um longo período. Obras recentes, como o Universo Cinematográfico Marvel (UCM), culminando no épico final de Vingadores: Ultimato, certamente influenciaram filmes de ação e franquias como 007 e Missão: Impossível.
Mesmo nos tempos difíceis para o Superman, Christopher Reeve trouxe contribuições que reforçaram ainda mais o status mitológico do personagem, defendendo o Homem de Aço nos cinemas. Até hoje, nenhum intérprete conseguiu representar o Superman de forma tão perfeita, seja visualmente, artisticamente ou emocionalmente.
John Haymes Newton, com seu charme e sarcasmo, representou um excelente Superboy, sendo muito fiel visualmente ao personagem dos quadrinhos. Ele trouxe uma identidade moderna e única ao herói. Contudo, questões financeiras e cenas perigosas afastaram John da produção.
Apesar de Haymes ter brilhado na primeira temporada de Superboy, a audiência americana, aos poucos, foi se acostumando com a mudança repentina de protagonista e passou a se identificar com a versão de Gerard Christopher, que trouxe uma evolução constante ao personagem.
Em ambos os casos, o Clark Kent apresentado era mais descolado do que estamos acostumados. A versão de John quebra a quarta parede logo no primeiro episódio, revelando que, de certa forma, a série é uma grande brincadeira ou uma homenagem ao personagem e ao cinema hollywoodiano. Por outro lado, Gerard Christopher, molda o personagem para um desenvolvimento mais profundo e emocional, dando a Clark Kent e Superboy uma personalidade original. Desde o início, Gerard assume um Clark mais caricatural, com trejeitos de nerd tímido, quase cômico, mas ao longo da série ele passa a incorporar um tom mais emocional e delicado.
Gerard também co-produziu e escreveu alguns episódios, além de participar ativamente da direção das histórias, o que lhe deu uma influência maior sobre a série.
Cada episódio de Superboy funciona quase como uma história independente, embora, ocasionalmente, eventos importantes culminem em grandes revelações ou clímax. No entanto, ao final de um episódio, os personagens parecem sofrer de uma espécie de amnésia, com quase nenhuma continuidade entre os episódios. Isso é algo que não ocorre naturalmente em seriados dramáticos mais recentes, tornando Superboy uma verdadeira brincadeira. O tempo da série parece se passar em um universo fantástico, onde as regras de continuidade são flexíveis, e o segredo de Clark Kent nunca é realmente revelado, exceto quando o roteirista decide brincar com isso.
A série também não hesita em testar os limites físicos e psicológicos do personagem, ao mesmo tempo que mistura ciência com a fantasia. O espectador sente como se estivesse imerso naquele mundo, tornando-se parte da ação.
Embora a maioria dos episódios tenha um início, meio e fim, alguns episódios apresentam cliffhangers, deixando o público ansioso pela continuação.
Cliffhanger é um recurso narrativo usado para estabelecer um momento de tensão, colocando o protagonista em uma situação aparentemente sem saída, criando suspense para o próximo episódio.
Essas pequenas oscilações na narrativa, talvez resultado da troca de diretores entre os episódios, dão à série um ritmo um pouco imprevisível, mas, ao mesmo tempo, isso não diminui seu apelo. Cada aventura, mesmo absurda, tem uma temática interessante, e a série sempre nos lembra de sua natureza fantasiosa e imaginativa.
Embora Superboy comece com uma atmosfera mais alegre e voltada para a modernização dos anos 80, com referências a jogos eletrônicos, música pop e informática, a série vai gradualmente se tornando mais séria e sombria após a primeira temporada. No entanto, o tom cômico e inocente ainda está presente, fazendo o público rir com as situações de alto risco propostas para os heróis.
Embora muitas produções da época enfrentassem críticas por imoralidades, um episódio final mostra Clark enfrentando um descontrole com sua visão de raios-X. A câmera, curiosamente, apenas mostra os personagens masculinos semi-nus, poupando as figuras femininas, e a reação de Clark, visivelmente constrangido, adiciona um toque de comédia à situação. Temas pesados, como violência, abuso e drogas, são abordados de forma sutil, adequados à faixa etária de 10 anos (TV-PG nos EUA), e no Brasil, o seriado foi exibido durante a tarde no programa Show Maravilha.
MOMENTO PÓS-CRÍTICA
1.SUPER RARIDADE
Quando Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman entrou em produção, a Warner Bros. decidiu processar os Salkinds, os produtores anteriores do Superman. Entre 2005 e 2023, os direitos da série passaram para a Warner Bros. A partir de 2023, a série, que foi produzida em parceria com a Viacom, foi transferida para a CBS, com os direitos compartilhados entre StudioCanal (dos Salkinds), Paramount Global e Warner.
A Paramount Global e CBS Media Ventures detêm os direitos de exibição de Superboy nos Estados Unidos, enquanto a Warner Bros. é responsável pela distribuição internacional e pelos direitos de vídeo doméstico globalmente.
2.SÉRIE X QUADRINHOS
- CLARK KENT/ SUPERBOY
A versão mais jovem do Superman fez sua estreia nos quadrinhos na revista More Fun Comics no início de 1945, em pleno fim da Segunda Guerra Mundial e no auge da Era de Ouro dos quadrinhos. Essa série marcou um feito notável: foi a primeira a trazer aventuras inéditas do personagem, diferenciando-se das histórias que até então só existiam nas tirinhas de jornal.
Na época, Jerry Siegel, um dos criadores do Superman, estava servindo ao exército quando idealizou essa nova visão do personagem. Originalmente, a história apresentava um Clark adolescente que, ao descobrir seus superpoderes, refletia sobre como evitar que outras crianças percebessem sua diferença. Esse breve diálogo abriu espaço para uma abordagem mais humana do herói, que, mesmo sutil, influenciou gerações posteriores de personagens, como os X-Men e o Homem-Aranha, cujas histórias também exploram a luta contra a exclusão e a aceitação das diferenças.
Com o tempo, Clark decide usar seus poderes para ajudar os mais fracos, adotando a identidade secreta de Superboy. Essa versão do herói, mais jovem e inocente, contrasta com as representações posteriores da Era de Prata, sendo um precursor temático de debates sobre responsabilidade e empatia que marcariam os quadrinhos. No entanto, foi apenas em 1993, com a ausência do Homem de Aço nos quadrinhos, que o Superboy começou a ganhar versões mais independentes.
Na televisão, a série Superboy reinterpretou o personagem com um olhar moderno e ousado, trazendo elementos familiares da Era de Prata, mas inserindo-os em um universo próprio e desvinculado da identidade adulta de Superman. Embora inspirada por traços do passado, a série ofereceu uma nova perspectiva do jovem herói, consolidando-se como a primeira grande reinvenção do Superboy em outro meio.
A cada episódio, Superboy era desafiado em confrontos físicos intensos, enfrentando alienígenas, supertecnologias ou ameaças de origens desconhecidas. Mas os roteiros iam além da ação, mergulhando profundamente na psicologia do personagem. O jovem herói enfrentava dilemas que extrapolavam sua força física, como envenenamentos por kryptonita, manipulações de poderes alienígenas ou até momentos de vulnerabilidade sem seus dons.
Mesmo diante de tais desafios, Superboy mantinha sua ética inabalável, lutando pela preservação da vida humana e, muitas vezes, pela proteção de seres vivos não humanos. Essa postura reflete o verdadeiro significado do “S” em seu peito: um símbolo de salvação e esperança. Esses conceitos fazem de Superboy não apenas uma extensão do Superman, mas um reflexo do ideal de justiça, bondade e propósito que conecta heróis e criadores ao imaginário humano.
- MARTA & JONATHAN KENT
Ma e Pa Kent: apelido carinhoso para os pais de Clark — que se referem a papai e mamãe Kent — e que também já foram chamados de John e Mary Kent.
- LANA LANG

Lana Lang, a primeira namorada de Clark na adolescência, é interpretada por Stacy Haiduk. Ela evolui de maneira impressionante ao longo das quatro temporadas, trazendo uma sensibilidade única ao papel e estabelecendo-se como a Lana Lang definitiva nas adaptações do Superboy.
Na saga das revistinhas, ao longo dos anos, a relação com Clark varia, uma vez que ele mantém uma conexão profunda com Lois Lane, sua verdadeira paixão.
Lana Lang foi, curiosamente, criada por Bill Finger (co-criador de Batman).
Referencias: Superboy nº 10 (Set./ Out. 1950), O Louco da Arma Laser (Countdown to Nowhere) - Temporada 1 Ep. 05
- JIMMY OLSEN

Jimmy Olsen, o fotógrafo e melhor amigo de Clark Kent, está presente na série, mas com uma reviravolta interessante: ele é retratado como filho de Perry White, o editor do Planeta Diário. Essa é apenas uma das adaptações que a série apresenta para enriquecer sua narrativa. A essência de Jimmy Olsen é representada em T.J., um personagem criado especificamente para a produção.
T.J. White, interpretado por Jim Calvert, tem seu nome completo como Terrence Jenkins White III. O personagem foi introduzido como filho de Perry White, dono do Planeta Diário, embora esse detalhe não tenha sido abordado na série. "Terry" é uma abreviação de "Terrence".
Logo no primeiro episódio da segunda temporada, descobrimos que T.J. se muda para Metrópolis para trabalhar ao lado de seu pai no Planeta Diário. Enquanto segura um jornal com a matéria do amigo, Clark conversa com Lana, elogiando a grande oportunidade que seu antigo companheiro de faculdade conseguiu aproveitar.
- PROFESSOR PETERSON

O Professor Peterson é uma das adições mais interessantes à série Superboy, trazendo uma aura científica que enriquece a narrativa com um toque de inteligência e experimentação. Ele é o fiel amigo e mentor de Superboy, auxiliando-o na realização de experimentos científicos, muitas vezes colocando o próprio herói como cobaia, o que gera situações de alto risco e introspecção. A presença de Peterson é essencial para o amadurecimento da série, oferecendo um contraste entre o emocional e o racional, além de ser uma fonte de sabedoria e humanidade em meio aos desafios enfrentados por Superboy. Sua atuação, brilhantemente interpretada por George Chakiris (vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Amor, Sublime Amor), adiciona camadas de profundidade e complexidade ao personagem, tornando-o um pilar sólido na construção do enredo.
Personagem pode ser comparadado ao Professor Phineas Potter. Ele é o cientista mais notável associado ao Superboy na Era de Prata. Professor Potter é um parente distante de Lana Lang (muitas vezes descrito como seu tio-avô ou algo similar) e é conhecido por suas invenções excêntricas, que frequentemente levam a aventuras ou confusões. Embora suas criações nem sempre fossem práticas, ele servia como um aliado interessante para Superboy, além de trazer humor e situações únicas para as histórias.
Se for para fazer uma comparação mais ampla com outros universos (DC e além), o Professor Peterson é também uma mistura de Dr. Emmett Brown, Professor Xavier e Alfred.
Alfred Pennyworth (Batman): Assim como Alfred, Peterson serve como uma figura de apoio e sabedoria para o herói, oferecendo orientação emocional e prática. Embora o relacionamento seja mais científico do que paterno, ambos têm um papel fundamental na formação do herói, seja ajudando a lidar com os dilemas pessoais ou com os desafios que surgem.
Professor Xavier (X-Men): Embora o papel de Peterson não envolva comandar uma escola para jovens superpoderosos, ele compartilha com Xavier o papel de mentor intelectual e emocional. Xavier também é um cientista brilhante, e ambos são fundamentais para o desenvolvimento do herói, proporcionando um equilíbrio entre a ciência e os desafios pessoais.
Dr. Emmett Brown (De Volta para o Futuro): No aspecto mais científico e excêntrico, o Dr. Brown compartilha com Peterson a abordagem experimental e a parceria com o herói, ainda que de forma mais voltada para aventuras envolvendo tecnologia e viagens no tempo. Ambos desempenham papéis de mentor e guias para o desenvolvimento do herói.
Esses personagens, assim como o Professor Peterson, têm a função de apoiar, orientar e, em alguns casos, até desafiar o herói para que ele cresça, tanto como indivíduo quanto como combatente do mal.
- LEX LUTHOR
Nos quadrinhos, Lex Luthor originalmente tinha cabelos, mas uma falha artística fez com que ele fosse retratado calvo, o que acabou sendo incorporado à sua história. Na Era de Prata, Lex era um gênio da ciência e amigo de Superboy. Para impressionar seu ídolo, ele começa a realizar experimentos complexos e descobre a fórmula da criação da vida — além de um antídoto contra os meteoros de kryptonita. No entanto, um acidente provoca um incêndio em seu laboratório, e ele pede socorro ao Superboy. O Garoto de Aço surge e, ao tentar apagar o fogo assoprando as chamas, acaba acidentalmente causando a perda dos cabelos de Lex, que passa a culpá-lo para sempre.
O perfil de Lex Luthor no seriado começou de forma muito semelhante aos seus primeiros passos nos quadrinhos do Superman: centrado em ganhos financeiros e ambições megalomaníacas. Ter o herói da capa vermelha como seu principal alvo só veio a acontecer posteriormente. No entanto, a versão de Lex na série de TV é uma mescla de suas primeiras aparições nos quadrinhos do Superman e de sua origem nos quadrinhos do Superboy, onde ele e o jovem Garoto de Aço eram aliados.
Na trama da série de TV, Lex está envolvido no roubo de uma arma militar e realiza experimentos arriscados. Um acidente faz com que a fórmula exploda, e no susto, Lex esbarra em uma das estantes pesadas, que cai sobre ele. Com o incêndio se espalhando, ele pede ajuda e Superboy surge para resgatá-lo. Inicialmente aliviado ao ver o herói, Lex é carregado nos braços por Superboy, que lhe dá uma bronca sobre os perigos dos experimentos imprudentes. Ele é acolhido por Lana, enquanto Clark ironiza a situação com T.J., comentando o absurdo de Lana cuidar de Lex, apesar de todas as confusões que ele causa. Algum tempo depois, o reagente químico liberado no ar provoca efeitos irreversíveis, fazendo Lex perder os cabelos. Desesperado, ele culpa Superboy e passa a nutrir um ódio mortal pelo herói.
Na segunda temporada da série, Lex se torna obcecado por vingança. Para escapar das autoridades e prosseguir com seus planos, ele realiza uma troca de rosto com um empresário chamado Warren Eckworth (interpretado por Sherman Howard). A partir desse ponto, o personagem sofre uma transformação drástica, tornando-se ainda mais sombrio e obsessivo.
Referência:
A estranha verdade por trás da careca de Lex Luthor
When Did Superboy First Meet Lex Luthor?
Adventure Comics (1938) n° 271/DC Comics | Guia dos Quadrinhos
Is there a lore reason Lex Luthor is bald? : r/superman
- BIZARRO
Originalmente, Bizarro foi criado acidentalmente como um clone imperfeito do Superboy, com características físicas distorcidas e uma visão de mundo invertida. Na série de TV, o personagem ganha vida com uma releitura que equilibra suas origens trágicas e sua dualidade entre herói e vilão, destacando sua complexidade e tornando-o um dos antagonistas mais memoráveis.
O personagem é interpretado por Douglas Meyers (creditado como Barry Meyers), cuja performance equilibra perfeitamente a dualidade entre força bruta e vulnerabilidade emocional.
- SENHOR MXYZPTLK

Considerado um dos vilões mais excêntricos e icônicos do panteão do Homem de Aço, o Sr. Mxyzptlk fez sua estreia nos quadrinhos durante a Era de Ouro. Este personagem, oriundo da Quinta Dimensão, sempre foi sinônimo de travessuras e caos, desafiando Superman com sua lógica absurda e poderes ilimitados.
Na série de TV Superboy (1988), o papel foi interpretado pelo talentoso Michael J. Pollard, ator indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo clássico Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas (1967). Pollard trouxe para o personagem uma mistura perfeita de humor e excentricidade, características que marcaram sua carreira. Com seu estilo irônico e debochado, ele conseguiu capturar a essência do místico atrapalhado, oferecendo aos fãs uma versão memorável e fiel ao espírito original do Sr. Mxyzptlk.
- HOMEM DOS BRINQUEDOS
O Homem dos Brinquedos é, atualmente, um personagem bastante obscuro no universo do Superman, mas já foi um dos vilões mais problemáticos durante a Era de Ouro dos quadrinhos. Sua primeira aparição ocorreu em 1943, sob o nome de Schott, um mestre das engenhocas que usava brinquedos aparentemente inofensivos para cometer crimes engenhosos e perigosos.
Curiosamente, o personagem passou por várias reformulações ao longo dos anos, assumindo diferentes nomes e personalidades. Apesar disso, sua essência como um criador de brinquedos mortais permaneceu intacta, consolidando-o como um antagonista único no panteão de inimigos do Homem de Aço.
Embora tenha perdido parte de sua popularidade com o passar das décadas, o Homem dos Brinquedos continua a ser uma figura icônica e uma prova da criatividade e diversidade dos vilões apresentados nos primórdios das aventuras de Superman.
Em Superboy, o comediante Gilbert Gottfried (1955-2022) empresta seu talento único a um personagem memorável: Nick Knack. Conhecido pelos brasileiros por sua atuação na duologia O Pestinha, Gottfried incorpora o vilão com sua marca registrada de humor ácido e excêntrico, criando um contraste interessante com o tom geralmente mais sério da série.
Nick Knack é, talvez, uma versão preliminar do icônico vilão "Homem dos Brinquedos", já que apresenta características que remetem ao clássico antagonista: inteligência maquiavélica, obsessão por engenhocas e uma habilidade quase sobrenatural para criar armadilhas. Apesar disso, ele possui sua própria identidade, marcada pela irreverência e pelo carisma que apenas Gottfried poderia trazer ao papel.
Essa interpretação peculiar adiciona uma camada única ao universo de Superboy, destacando-se como uma das escolhas mais ousadas da série em termos de vilania e humor.
- METALLO
VARIAS FORMAS
- "Metallo apareceu como um 'protótipo' ainda na Era de Ouro, sendo apresentado como o Homem de Metal. Essa versão se assemelhava mais ao Homem de Ferro. Uma versão semelhante retornou aos quadrinhos regulares em 1982.
- Uma história de Joe Shuster de 1936 remete bastante ao conceito de Metallo: um androide gigante causando destruição em uma cidade, refletindo o fascínio do autor pela ficção científica.
- Nos anos 80, John Byrne reformulou o personagem de forma ainda mais ameaçadora, criando uma espécie de caveira cibernética, metade humano, com cabelos brancos. O visual de Metallo nesse período tem uma grande semelhança com o visual inspirador dos ciborgues T-800 do clássico O Exterminador do Futuro."
a
Referências:
Man of Steel vs. Man of Metal – Black Gate
Metallo (Character) - Comic Vine
Metallo - Wikipedia
- KRYPTONITA VERMELHA

Kryptonita Vermelha | Banco de dados DC | Fandom
What Does Red Kryptonite Do to Superman?
Superman's Most Terrifying Redesign Shows Why DC Needs to Use Red Kryptonite WAY More Often
- SUPERBOYS ALTERNATIVOS

Roads not Taken - Part I & 2
Superboy....Rest in Peace
The Road to Hell: Part 2
- PRESIDENTE LUTHOR
Lex Luthor se lança à presidência, pela primeira vez, em um futuro alternativo apresentado em The Adventures of Superboy. No entanto, sua campanha presidencial só viria a ocorrer nos quadrinhos em 2001. Nessa história, Luthor é eleito presidente e assume o cargo, colocando-se como um adversário político de Superman.
Mais uma vez, o seriado previu os acontecimentos do destino do Homem de Aço.
- O HOMEM KRYPTONITA
Curiosamente, sua primeira aparição nos quadrinhos aconteceu em setembro de 1960, na edição #83 de Superboy.
Na série de TV, o Kryptonite Kid é reimaginado como um jovem cientista cujo destino muda drasticamente após um acidente em seu laboratório. Exposto a uma misteriosa radiação, ele adquire superpoderes, mas também se torna uma ameaça para Superboy, emitindo energia mortal de kryptonita. Porém, sua jornada toma um rumo inesperado quando um sósia de Superboy surge para confrontá-lo, criando um embate que testa os limites do herói e do vilão, em um episódio repleto de tensão e reviravoltas.
O tom do personagem no seriado ganha um conceito mais emocional e dramático, levando em consideração que existe uma recomendação mais familiar para a audiência. O ator Jay Underwood é enérgico no papel e captura bem o espírito do personagem original.
- SUPER LANA
Em algumas fases dos quadrinhos, Lana chega a adquirir superpoderes temporários — seja devido a algum feitiço, dispositivo alienígena ou evento semelhante — tornando-se uma 'Superwoman', com habilidades equiparáveis às do Superman, além de outras adicionais ao super-herói original.
A primeira experiência de Lana Lang com superpoderes ocorreu em uma aventura do Superboy nos quadrinhos da Era de Ouro. Nessa história, após salvar um alienígena com aparência de inseto de um acidente, ela recebe como presente um anel misterioso, que lhe concede a habilidade especial de se transformar em qualquer tipo de inseto. Com esses poderes, Lana assume as identidades de Garota Inseto (Insect Girl) ou Rainha dos Insetos de Pequenópolis (Insect Queen).
Em outras aventuras, Lana chega a adotar as iniciais LL como uma identidade de super-heroína mais personalizada.
Na série de TV, Lana adquire superpoderes de forma espiritual, algo bastante recorrente na trama. Ela assume a identidade de Ariana, uma entidade que habita as profundezas do mar, e que acaba lhe concedendo habilidades sobre-humanas temporárias.
Em outro episódio, Lana é transformada em uma cobra por uma bruxa. Nesse caso, ela não chega a receber nenhum superpoder e se torna inofensiva.
Referencias: Superboy-Bi 1ª Série - n° 11 Ed. Ebal (Superboy,1949, n° 117/1964 - DC Comics no original), The Woman Called Tiger Eye - Temporada 2, Ep. 26, Revenge from the Deep - Temporada 2, Ep. 25, Superboy vol.1 nº72 (Abril,1959)
- BALÍSTICA
OUTROS BALÍSTICOS
Após a aparição de Darla como Balística (Ballistic, no original) em Superboy, quase dois anos depois, em 1993, a DC Comics introduziu uma versão masculina do personagem. No entanto, ao contrário da personagem da série, esse Balístico é um super-herói obscuro ligado às histórias do Batman nos anos 90.
Balístico, cujo nome civil é Kelvin Mao, é um policial coreano-americano do Departamento de Polícia de Gotham City. Após ser mordido pelo parasita alienígena Angon, suas habilidades meta-humanas são ativadas, e ele se torna o super-herói Balístico, lutando ao lado de outros heróis para combater os parasitas.
Morto por um Superboy alternativo (duas vezes)
Em aparições subsequentes, Balístico se junta ao Blood Pack, mas acaba sendo morto por Superboy-Prime durante os eventos de Crise Infinita. Mais tarde, em A Noite Mais Densa, ele é ressuscitado como um Lanterna Negro, apenas para ser eliminado novamente por Prime, com o uso de um anel negro.
IMAGE COMICS
Quase um ano antes da DC Comics, em 1992, a Top Cow, uma parceira da Image Comics, também introduziu uma personagem intitulada Balística (Ballistic, no original) em suas revistinhas. Esse era o codinome da personagem Cassandra Taylor.
A Super-heroína Cassandra - A Balística, Membro da Cyberforce
Balística é irmã de Velocity e filha do ex-agente da CIA Frank Taylor, que abandonou a família quando suas filhas ainda eram muito jovens. Após a partida do pai, sua mãe se envolveu com outro homem — cujo relacionamento exato (namorado ou marido) não é especificado —, mas que se revelou abusivo. Ele maltratava Balística e sua irmã, até que, em um ato de legítima defesa, ela o matou para proteger sua família.
Com o tempo, seus talentos mutantes começaram a se manifestar. Dotada de agilidade sobre-humana e precisão incrível, Balística se tornou a arremessadora estrela do time de beisebol do ensino médio. No entanto, sua ascensão despertou a inveja de seu ex-namorado, Tony, e de um grupo de rapazes, que a atacaram brutalmente, deixando seu braço permanentemente danificado.
Algum tempo depois, Balística cruzou o caminho da Cyberdata, uma organização sombria que a recrutou e substituiu seu braço ferido por uma prótese biônica. Contudo, a empresa também a submeteu a uma lavagem cerebral, implantando uma "caixa cerebral" que apagou suas memórias e a fez esquecer sua família. Sob esse novo condicionamento, Balística se tornou uma das líderes dos S.H.O.C.s, um esquadrão de elite encarregado de capturar mutantes para a Cyberdata, permitindo que a corporação realizasse experimentos e implantes biônicos neles.
Durante uma de suas missões, Balística liderou uma equipe em busca de sua irmã, Velocity, que havia escapado da Cyberdata. No entanto, o confronto com a Cyberforce mudou tudo. Após uma série de batalhas entre os dois grupos, Balística sofreu um ferimento na cabeça que comprometeu seu condicionamento mental. Com suas memórias retornando aos poucos, ela se voltou contra a Cyberdata e pediu à Cyberforce que removesse a "caixa cerebral".
Agora livre da influência da Cyberdata, Balística recuperou sua independência. Embora não tenha se tornado oficialmente membro da Cyberforce, ela ocasionalmente auxilia o grupo em missões, sempre garantindo a segurança de sua irmã.
Cyberforce vol. 11 - Image Comics, Outubro de 1992
Batman nº10 - Editora Abril, Dezembro de 1995
Balístico | Guia dos Quadrinhos
Cassandra Taylor (Top Cow) | Image Comics Database | Fandom
- AZRAEL
O SIGINIFICADO DE AZRAEL
O nome Azrael tem origem no hebraico, e seu significado é geralmente associado a "Anjo da Morte" ou "Anjo da Destruição". Na tradição judaica, Azrael é frequentemente descrito como o anjo encarregado de separar as almas dos corpos, conduzindo-as para o além.
Azrael também aparece em várias religiões e mitologias, com diferentes interpretações e significados. No cristianismo, ele é considerado um anjo de misericórdia e julgamento, enquanto no Islã, é conhecido como "Malak al-Mawt" (Anjo da Morte).
Além disso, o nome Azrael é popular em algumas histórias em quadrinhos e outras mídias de ficção, sendo, por exemplo, uma figura importante no universo de Batman, onde Azrael é um vigilante com o codinome de "Anjo da Vingança".
Referencias:
Into the Mystery - Azrael (Peggy O'Neal)
- SUPERMAN: O IMORTAL
O episódio Hollywood, da primeira temporada de Superboy, mergulha na era clássica do cinema, trazendo referências icônicas que ressoam com a história do Superman nos quadrinhos. Desde sua estreia em Action Comics #1, em 1938, até sua primeira revista solo em 1939, o herói passou por diversas transformações.
Nesta comparação visual, vemos cenas de Superboy lado a lado com uma das primeiras edições do Superman. A estética, os enquadramentos e até a forma como o herói é retratado lembram a Era de Ouro dos quadrinhos, mostrando como a mitologia do Homem de Aço atravessou décadas.
- CAPITOL CITY
A cidade mais próxima da Vila Shuster (Shusterville) parece fazer uma referência obscura a uma cidade do Lanterna Verde, presente nos quadrinhos dos anos 40.
Nos quadrinhos, Capitol City é o nome de uma base de operações de Alan Scott, o Lanterna Verde clássico da Era de Ouro.
Curiosamente, a Universidade Shuster e a Vila Shuster são locais que levam o sobrenome do co-criador e artista original do Superman, Joseph Shuster.
Joe Shuster faleceu em 30 de julho de 1992, apenas dois meses após o fim da série.
DC COMICS - Coleção de Graphic Novels nº59- Eaglemoss (fevereiro de 2018)
Capitol City | DC Database | Fandom
All-American Comics (1939) n° 16/DC Comics | Guia dos Quadrinhos
3.BASTIDORES
A série foi filmada entre as cidades de Orlando e Ocala, na Flórida. John Haymes Newton estava visitando os estúdios Universal de Orlando com sua família quando foi convidado para o teste para o papel de Superboy, marcando o início de sua trajetória na série.
4.REFERÊNCIAS
- METRÓPOLIS
Na terceira temporada, episódio 3 ("O Covil"), às 15 min. 02s., Clark menciona sua ida para Metrópolis. Durante a série, ele vive muitas experiências como Superboy, e a química crescente entre Christopher e Stacy Haiduk torna impossível imaginar um mundo sem Lana Lang.
- DARTH VADER

Lex Luthor, inicialmente interpretado por Scott James Wells, passa de um supervilão gênio do mal para uma versão psicótica e excêntrica vivida por Sherman Howard. A transformação de Lex foi comparada à de Darth Vader, uma metáfora trazida à tona por Wells e produtores. Apesar de sua breve permanência no papel, Wells entendeu a essência do personagem de maneira profunda, dando ao Lex uma grande complexidade.
- CORINGA

A transformação de Lex de Wells para Sherman Howard também é comparada à de Coringa em Batman (1989), com a performance excêntrica e risos de Howard. De acordo com o produtor Andy Helfer, a evolução de Lex é semelhante à do Coringa de Jack Nicholson, especialmente com a troca de rosto e a adaptação psicótica de Howard, que se aproxima do "homem que ri" do Coringa.
- GERAÇÃO MANCHETE

A série teve grande apelo para a geração que acompanhou os seriados da Rede Manchete, sendo considerada o "Jaspion" do SBT. Superboy dividia seu tempo entre ser detetive, cientista e lutador, enfrentando vilões comuns, alienígenas, androides, fantasmas e outros monstros. A série trazia momentos leves e emocionantes, com o herói mantendo sua bondade inabalável, mesmo quando estava em desvantagem.
- SUPERMAN: O FILME
- SUPERMAN II
- SUPERMAN III

A presença do pequeno Billy Hercules (Joaquin Phoenix, à esqu.) parece uma releitura mais romantica da ameaça estabelecida por Gus Gorman (Richard Pryor, à dir.) em Superman III.

Um dos momentos mais célebres é quando o pequeno Joaquin Phoenix finalmente assume o manto de Superboy, personagem que marcou sua trajetória antes de retornar às adaptações de quadrinhos da DC como o Coringa.
Joaquin Phoenix acumulou uma série de sucessos, incluindo Gladiador e Um Sonho Sem Limites, um suspense psicológico em que contracena com a estrela Nicole Kidman.
- SUPERMAN IV: EM BUSCA DA PAZ
A série também fez homenagem ao filme Superman IV: Em Busca da Paz, com uma cena icônica de Superboy descendo dos céus diante de uma enorme bandeira americana. Gerard Christopher, que interpretava o personagem, não teve medo de gravar essa cena e a descreve como uma experiência divertida, mesmo sendo suspenso por um guindaste.
Referência: Look up in the Sky at...Superboy! , Metallo - Temporada 2, Ep. 03
- SUPERGIRL: O FILME
Entendemos que Superboy é bem diferente de Superman e Supergirl. Pode-se dizer que é uma grande atualização desses personagens para o formato televisivo, sem deixar de atrair os mesmos fãs do cinema. No entanto, há elementos que merecem comparação, já que a série carrega a essência do universo cinematográfico produzido pelos Salkinds.
No seriado, o tom é um pouco mais leve e simples do que nos filmes, mas ainda há um lado místico, envolvendo feitiçaria, uma pitada de conto de fadas e elementos de comédia romântica.
Indo além, a série também aborda temáticas que simulam, dentro da narrativa, gêneros como policial (reminiscente dos rascunhos originais de Superman: O Filme, da década de 70), espionagem, suspense e até terror, tudo adaptado para uma audiência entre 10 e 14 anos.
E, claro, não podemos esquecer das "supermoças apaixonadas" — com um detalhe: aqui, ela é do mal.
Referência:
The Woman Called Tiger Eye - Temporada 2 , Ep. 26
Neila - Temporada 3, Ep. 04
- SUPERMAN: O RETORNO

A série homenageava o legado de Christopher Reeve. Agora, era a vez do cinema prestar tributo à série Superboy com uma cena semelhante em Superman: O Retorno (2006). Afinal, o filme faz parte de uma linhagem que dá continuidade à duologia clássica de Superman dos Salkinds.
Na série, Lex esfaqueia Superboy com um cristal alienígena. Uma cena similar ocorre no filme de Bryan Singer, mas, desta vez, o violento Lex esfaqueia mortalmente o nosso Homem de Aço com kryptonita. Em ambas as cenas, é possível ver o nosso mais emblemático super-herói dos quadrinhos e do cinema sangrando.
Referências: THE ROAD TO HELL: PART 1, Ep. 25 - Temporada 3
- SUPER CAT
- SEXTA-FEIRA 13
- Dependendo da direção do episódio, também é possível ver uma máscara do Jason, que pertence a Andy McAlister, colega de quarto de faculdade de Clark. A máscara está sempre presa à parede, e em uma cena, também vemos uma caneca e o cordão de Andy ao lado dela.
- O nome Michael Carter é outro trocadilho com o gênero de terror, fazendo alusão ao próprio vilão de Halloween: A Noite do Terror.
Mr. and Mrs. Superboy - Temporada 2, Ep. 08
- DRÁCULA

Dr. Bryon Shelley é um jovem Drácula que caminha durante o dia e tenta levar uma vida comum como médico no Hospital Capitol City. Ele busca ser independente da necessidade de consumir sangue, ao contrário de seu pai, o Conde Drácula.
O universo Drácula não é um elemento comum nas histórias do Superman (ou Superboy), mas sim nas do Batman. Isso demonstra uma mudança de rumo nos planos do universo Superman dentro do seriado televisivo, refletindo como Superboy levava o herói da capa vermelha para ambientes mais noturnos e sombrios.
O estilo rebelde de Bryon, de alguma maneira, chega a lembrar Michael Emerson, de Os Garotos Perdidos — também uma jovem e moderna releitura do universo Drácula.
Além da Disney/MGM Studios, o seriado também chegou a ser filmado nos estúdios da Universal, o que justifica bastante a presença de criaturas na série em uma homenagem ou celebração, já que a Universal detém os direitos de vários filmes sobre monstros.
- MONSTRO DO PÂNTANO

O Monstro do Pântano foi criado por Len Wein e Bernie Wrightson, fazendo sua primeira aparição na House of Secrets #92 (1971). Sua história começa com um cientista chamado Alex Olsen, que em uma tentativa de criar uma fórmula para salvar sua esposa, sofre um acidente envolvendo produtos químicos e acaba se transformando no Monstro do Pântano. No entanto, a primeira versão do personagem era um pouco diferente da que conhecemos hoje.
A Transformação:
A versão mais popular e definitiva do Monstro do Pântano é a que foi reformulada por Alan Moore em 1984. Nesse arco, Alec Holland, um cientista que trabalhava em um laboratório no pântano, tenta criar uma fórmula que possa salvar o meio ambiente e fornecer uma nova fonte de energia. Mas, após um ataque que resulta na morte de sua esposa, Alec é gravemente ferido e se joga no pântano, onde se funde com as plantas e se transforma na criatura conhecida como Monstro do Pântano.
A história de Alec Holland se mistura com o próprio ambiente natural do pântano, que, na verdade, era uma forma de vida vegetal consciente, e sua essência se funde à criação de um novo ser que possui lembranças de Alec, mas é fisicamente uma planta. Ele acredita ser Alec por um tempo, mas logo percebe que sua verdadeira natureza é algo mais profundo, quase uma representação da "força da natureza" e da terra.
Alan Moore e a Reinterpretação:
Quando Alan Moore assumiu os roteiros do personagem, ele expandiu significativamente sua mitologia, transformando o Monstro do Pântano em uma figura muito mais complexa. Moore introduziu o conceito de que o Monstro do Pântano não era simplesmente uma criatura com a mente humana de Alec, mas uma forma de vida única que existia em harmonia com a natureza. Ele também explorou temas ecológicos, espirituais e existenciais, ampliando o alcance do personagem. Durante essa fase, o Monstro do Pântano teve interações com o sobrenatural, como no famoso arco com John Constantine, e até se conectou com o conceito de vida e morte dentro da própria Terra.
Poderes e Habilidades:
O Monstro do Pântano tem uma série de habilidades sobrenaturais, incluindo a capacidade de se regenerar rapidamente e de controlar as plantas ao seu redor. Ele também tem uma força sobre-humana, resistência e resistência a danos. Ele pode se transformar em uma massa de vegetação ou assumir diferentes formas de acordo com as necessidades do momento. Sua conexão com a Terra também lhe permite sentir os danos ambientais e curar partes do mundo natural.
Representação e Simbolismo:
O Monstro do Pântano não é apenas uma história de horror ou ação, mas também uma representação da relação entre humanidade e natureza. O personagem é frequentemente usado para explorar temas sobre preservação ambiental, a luta contra a destruição do meio ambiente, e até questões mais filosóficas sobre identidade e o que significa ser humano.
Com o passar dos anos, o Monstro do Pântano se tornou uma das figuras mais fascinantes da DC Comics, com diferentes versões de sua história e diversas reinterpretações ao longo do tempo, incluindo sua relação com outras entidades cósmicas, como o Parlamento das Árvores (uma representação das forças naturais).
A CRIATURA
O personagem do episódio The Lair é vítima de um acidente de radioatividade provocado por empresários gananciosos e, posteriormente, passa a ser caçado por eles. Elementos de inspiração que remetem ao obscuro e curioso personagem dos quadrinhos da DC são evidentes para os espectadores televisivos de Superboy.
A trama da terceira temporada (que nunca foi lançada no Brasil pela TV aberta) tem algumas semelhanças com a da primeira temporada, Trapaças em Pequenópolis (Trouble Waters). Curiosamente, o vilão é apresentado como Kenderson, interpretado por Peter Palmer. E, nesta temporada, Jordan Williams assume o papel de um personagem creditado como Pat Kenderson. Apesar da troca de intérpretes entre Superboy (da primeira para a segunda temporada em diante) e do título (de Superboy para The Adventures of Superboy), não parece ser um misto de continuação com refilmagem da história.
- MONSTRO DO LAGO NESS
A história do Monstro do Lago Ness, também conhecido como Nessie, remonta a séculos e está entre as mais famosas lendas da Escócia. A criatura é descrita como um grande animal aquático, geralmente com aparência semelhante a um plesiossauro, um réptil marinho pré-histórico. A lenda está ligada ao Lago Ness, que fica na região das Highlands, na Escócia.
Origem da Lenda
A primeira menção registrada ao Monstro do Lago Ness data de 565 d.C., em um relato de São Columba, um monge irlandês que teria visto uma grande criatura na água enquanto estava à beira do lago. De acordo com a história, ele teria ordenado que a criatura se afastasse, o que resultou em um aparente afastamento do monstro. Esse evento, no entanto, não foi amplamente associado ao Monstro do Lago Ness até muito mais tarde.
O Renascimento da Lenda no Século 20
Embora o monstro tenha sido mencionado esporadicamente nas lendas locais ao longo dos séculos, foi no século 20 que a história do Monstro do Lago Ness ganhou fama mundial.
1933 - A Primeira Fotografia Famosa
Em 1933, a lenda foi revivida depois que uma fotografia, chamada de A Foto do Cirurgião, foi tirada por um homem chamado Robert Kenneth Wilson. A foto mostrava uma criatura com pescoço longo emergindo da água, e essa imagem rapidamente se espalhou pelo mundo, gerando grande interesse e especulação. Muitos acreditaram que fosse uma prova da existência de Nessie, embora a autenticidade da foto tenha sido questionada mais tarde.
1960 - O "Inverno do Monstro"
Nos anos 60, novos avistamentos e filmagens de "Nessie" surgiram, incluindo uma famosa filmagem de 1960 feita por um cineasta chamado Tim Dinsdale, que também alegava ter filmado a criatura. Esse período aumentou ainda mais o fascínio pelo monstro e trouxe turistas para a Escócia, ansiosos para ver o suposto monstro.
Explicações e Teorias
Vários cientistas e especialistas tentaram explicar os avistamentos ao longo dos anos. Algumas teorias incluem:
Reptil Pré-Histórico: A teoria mais popular é que o monstro seria um plesiossauro, um réptil marinho que teria sobrevivido desde a era dos dinossauros, embora muitos cientistas considerem essa ideia improvável.
Engano de Grandes Peixes ou Hipopótamos: Alguns acreditam que avistamentos podem ser explicados por grandes peixes como esturjões ou até mesmo por focas ou hipopótamos que escaparam de zoológicos.
Efeitos Ópticos: Outra explicação sugere que as formações de ondas ou troncos submersos poderiam criar a ilusão de um monstro.
Fraudes: Algumas das fotos e vídeos mais famosos, como a de 1933, foram posteriormente revelados como fraudes ou encenações, o que levanta questões sobre a veracidade dos avistamentos.
O Monstro Hoje
Apesar das diversas explicações e das tentativas de provar ou desmentir a existência do Monstro do Lago Ness, a lenda de Nessie continua viva e é um grande atrativo turístico na Escócia. Muitos turistas ainda visitam o Lago Ness em busca de avistamentos e para explorar o misterioso lago.
Hoje, "Nessie" é uma parte importante do folclore escocês, com diversas teorias, avistamentos e até celebridades associadas à lenda. O Monstro do Lago Ness também é símbolo de mistério, e a dúvida sobre sua existência apenas alimenta a fascinação por essa criatura lendária.
- O EXORCISTA
- O PREDADOR
- O EXTERMINADOR DO FUTURO
EXTERMINADOR - PARTE II: STALLONE COBRA
Influências de O Exterminador do Futuro também podem ser notadas, como na cena em que Superboy (disfarçado de Cobra) está sob fogo e sua jaqueta preta vai sendo destruída pelas balas até ele assumir sua verdadeira identidade. Aqui, temos uma íntima relação de referências com Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone — duas grandes celebridades do cinema de ação dos anos 80 — em uma série do universo Superman, reunindo tudo em um único pacote para os cinéfilos oitentistas.
A Vingança do Alienígena: Primeira Parte - Temporada 1, Episódio 13
Superboy... Descanse em Paz - Temporada 2, Episódio 12
Know the Enemy: Part 1 - Temporada 4, Episódio 7
- DE VOLTA PARA O FUTURO
- OS FANTASMAS SE DIVERTEM
Referências:
The Haunting of Andy McAlister, Ep. 22 – Temporada 2
- CHRISTOPHER REEVE
- AS TARTARUGAS NINJA
É possível ver o jovem Leaf (Joaquin Phoenix), brevemente, usando um conjunto de pijama estampado com as Tartarugas Ninja. O desenho animado da franquia havia acabado de estrear em 1987, trazendo uma adaptação mais leve e descontraída dos quadrinhos sombrios e intensos da Mirage Comics, criados em 1984 por Kevin Eastman e Peter Laird.
No entanto, diferente do estilo amigável e sorridente das tartarugas do desenho animado, as versões originais dos quadrinhos eram sombrias e intimidadoras, com expressões severas e olhos ofuscantes que poderiam assustar qualquer um. Curiosamente, a estampa no pijama do pequeno Billy Hercules (Phoenix) parece remeter a essa versão mais séria das tartarugas. Não se sabe ao certo se a estampa foi criada especialmente para a série ou se era um produto comercializado na época, mas ela parece ser uma reprodução idêntica da capa americana do quinto número dos quadrinhos Teenage Mutant Ninja Turtles, datado de 31 de outubro de 1987 (segunda impressão).
A arte da capa, marcante por seu visual sombrio e detalhista, se transforma em um pôster completo ao incluir a contracapa, tornando-se um item icônico para os fãs da franquia. Já em 1989, quando o episódio foi exibido, os primeiros jogos das Tartarugas Ninja já estavam disponíveis no mercado – tanto nos consoles Nintendo quanto nos arcades – ampliando ainda mais o impacto das tartarugas na cultura pop.
- MICHAEL JACKSON
O álbum BAD, lançado em 1987, dominava as paradas e era um verdadeiro símbolo da geração MTV, conectando-se profundamente com os jovens da época. Natasha Pokrovsky, a estudante russa de intercâmbio e o grande "crush" do personagem T.J., era retratada como uma garota serena e inocente, mas com um evidente gosto por diversão – uma adolescente típica que sabia curtir as tendências do momento. Seu interesse por música pop, representado pelo sucesso de BAD, reforçava essa conexão com o espírito vibrante da década.
Aliás, essa transição para uma era moderna e eletrônica, marcada por sintetizadores e batidas contagiantes, definia o som dos anos 80. A juventude pioneira daquele período encontrou na música pop uma identidade única, transformando a década na maior referência para o gênero até hoje.
- INDIANA JONES
A conexão com essa era do cinema é reforçada por momentos marcantes, como as cenas de ação ambientadas no meio da floresta, que remetem claramente ao espírito de Os Caçadores da Arca Perdida e outras aventuras cinematográficas da época. Essa vibe aventureira é evidente logo no início da série, que apresenta uma exploração arqueológica liderada por Thomas Lang, pai de Lana Lang, interpretado pelo talentoso Peter White (1937-2023).
Curiosamente, Peter White também marcou presença em grandes produções de Hollywood, como Dave: Presidente por um Dia (1993) e Armageddon (1998), neste último como o chefe de segurança, adicionando um toque de prestígio à série.
Referências:
The Lair - TEMPORADA 3, Ep. 03
Nightmare Island - Temporada 2, Ep. 05
- TITANIC
- DONALD TRUMP

Nessa mesma linha de conversa, Andy também faz referência a Donald Trump: '... E então eu convidei Donald Trump, mas ele não estava no seu escritório', mostrando seu jeitão tagarela e sociável. Trump, antes de sua carreira política, era conhecido como um empresário influente, chegando a fazer pontas em filmes (um dos mais famosos, Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York) e até apresentando o programa de TV O Aprendiz, onde ficou famoso por sua frase 'Você está demitido', repetindo o sucesso na versão brasileira, comandada por Roberto Justus.
Nightmare Island - Temporada 2, Ep. 05
- RIO DE JANEIRO
- TECNOLOGIA
- NOSTALGIA
Não há como negar que videocassetes e fliperamas são símbolos da nossa época. Para alguns, representam o auge da modernidade, enquanto para outros, são apenas mais uma peça do quebra-cabeça da vida cotidiana. E aí entra o Superboy – uma releitura atual do Superman, pensada sob medida para os jovens dos anos 80 e início dos 90.
Notas de um viajante do tempo.
- GUERRA NAS ESTRELAS
- LUKE, HAN SOLO & LEIA
Lembramos, então, uma das aventuras cinematográficas mais influentes na construção do gênero na cultura pop
1. Luke, Han Solo e Leia em Star Wars
No épico galáctico de Star Wars, Luke Skywalker, Han Solo e Leia Organa formam um trio central, com papéis que representam diferentes arquétipos de aventura, coragem e amizade. Luke é o herói em busca de seu destino, a encarnação da figura do "eleito", enquanto Han Solo é o anti-herói carismático, e Leia, a princesa e líder, é a força de sabedoria e estratégia do grupo. Esse trio é marcado por uma mistura de tensão, rivalidade e crescente camaradagem. Juntos, eles enfrentam desafios maiores do que qualquer um poderia vencer sozinho.
- Luke (O Herói): Representa a jornada do herói, com uma busca por identidade e destino.
- Han Solo (O Anti-Herói): O contrabandista descompromissado que evolui para um aliado essencial.
- Leia (A Líder): A princesa que, além de sua posição, assume um papel de liderança e resiliência.
2. Clark, Lana e T.J./Andy em Superboy (Série de TV)
Em Superboy, a dinâmica entre Clark Kent, Lana Lang e T.J./Andy, é também um trio central, mas com um foco mais intimista e complexo no contexto de uma série de super-herói. Clark, assim como Luke, é o "herói", mas a série foca em seu crescimento como Superboy, em sua jornada de autodescoberta e adaptação ao mundo real. Lana, como Leia, é a figura central feminina que adiciona não apenas a complexidade emocional da narrativa, mas também a conexão entre o herói e seu mundo humano. T.J. e Andy, em diferentes momentos, funcionam como o "Han Solo" da dinâmica, representando o amigo fiel e, em alguns casos, o contraponto para o heroísmo de Clark.
- Clark (O Herói): Assim como Luke, Clark é a representação do herói em formação, enfrentando dilemas pessoais enquanto enfrenta as grandes responsabilidades de seu poder.
- Lana (A Musa e o Interesse Romântico): Ela é o elo entre Clark e sua vida humana, similar ao papel de Leia, sendo tanto uma amiga importante quanto a paixão romântica central da narrativa.
- T.J. (O Anti-Herói): Como Han Solo, T.J. muitas vezes assume uma postura mais cética ou irreverente, mas sua lealdade ao trio é inquestionável. Ele traz uma camada de realismo e conflito à história, algo que completa a dinâmica do grupo.
Comparação Geral entre os Trios:
A Dinâmica de Amizade e Rivalidade: Tanto em Star Wars quanto em Superboy, as tensões entre os membros do trio fazem com que os personagens cresçam e se desenvolvam. O conflito entre os ideais de cada um, seja em relação ao destino (Luke/Clark), a lealdade (Han/T.J.) ou a paixão (Leia/Lana), acrescenta profundidade à história. Os personagens aprendem a respeitar as diferenças e os conflitos entre eles, o que fortalece a amizade e a colaboração nas grandes aventuras.
A Construção do Trio: Em Star Wars, o trio se constrói de forma orgânica, com cada personagem preenchendo uma necessidade emocional ou prática no enredo. Luke, Han e Leia representam diferentes facetas de um herói e, com isso, as interações entre eles criam momentos de tensão e união. Da mesma forma, em Superboy, Clark, Lana e T.J./Andy representam os aspectos humanos e heróicos da vida de Clark Kent, com suas próprias experiências e dilemas pessoais moldando a narrativa. Em ambos os casos, o desenvolvimento das relações entre os membros do trio é o que mantém o interesse do público e os torna inesquecíveis.
Elementos de Aventura e Crescimento Pessoal: Ambos os trios são fundamentais para as aventuras, mas também são importantes para os dilemas pessoais dos heróis. Luke tem sua jornada de treinamento Jedi e seu confronto com Darth Vader, enquanto Clark tem que aprender a equilibrar sua vida humana e suas responsabilidades como Superboy. Em ambos os casos, as tensões nas relações entre os três personagens centrais proporcionam oportunidades para crescimento pessoal e para momentos de revelações importantes.
- O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
LEIA E HAN SOLO
O icônico diálogo "I love you... I know" ("Eu te amo... Eu sei") é de Guerra nas Estrelas: Episódio V - O Império Contra-Ataca (Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, 1980), entre a Princesa Leia (interpretada por Carrie Fisher) e Han Solo (interpretado por Harrison Ford).
Na cena, Leia declara seu amor por Han, e ele responde com um "Eu sei", uma resposta autoconfiante e charmosa que se tornou um dos momentos mais memoráveis da franquia. Essa linha é frequentemente citada por fãs como um exemplo de como Han Solo, ao contrário dos heróis tradicionais, que falam sobre seus sentimentos de forma mais explícita, expressa seu afeto de maneira mais "dura" e com um toque de humor.
Essa troca de palavras é considerada um clássico dentro do universo de Star Wars e se tornou um símbolo do relacionamento entre os personagens.
- FLASH GORDON
- ARQUIVO X
THE BRIDE OF BIZARRO: PART 1, Ep. 1
- ZACK SNYDER
- CULTURA NERD
Bringing Down the House, Ep. 6 – Temporada 1
- MISSÃO: IMPOSSÍVEL
- MAX HEADROOM
- STEPHEN KING
- ALBERT EINSTEIN
- SUPER MARIO BROS.
Referências:
Microboy
- GAME BOY
- STREET FIGHTER
Embora essas frases não tenham uma origem específica, elas estão fortemente relacionadas a algo mais filosófico ou podem ser comparadas a ensaios shakespearianos - algumas das inspirações que o ator Raul Julia revelou em entrevistas como base para a construção de seu personagem, o General Bison, no filme.
A diferença é que a fala de Jonathan se relaciona a "Quinta-feira", enquanto a de Bison faz referência à "Terça-feira". Em ambas as situações, essas referências sugestivas não parecem ter grande importância, certo? Afinal, são apenas mais um dia qualquer, sem grande relevância na vida deles.
Abandon Earth (05 min. 19s)
- TOCHA-HUMANA
- QUARTA PAREDE
QUEBRANDO O PROTOCOLO
Apesar de entendermos que a série tem uma abordagem cartunesca em certos momentos, ela não faz isso de forma tão evidente o tempo todo, especialmente para os espectadores menos atentos. A quebra da quarta parede é um recurso raro na série. Apenas o Superboy, interpretado por John Newton (no episódio 1 da primeira temporada), e Metallo, interpretado por Michael Callan (na segunda temporada), realizaram essa quebra ao longo da trama.
Referências:
A JOIA MISTERIOSA - Temporada 1, Ep. 1
- ESPIRITUALIDADE

Os episódios, especialmente os da primeira temporada, costumam terminar de forma enigmática. O desfecho da primeira temporada, marcado pelos céus escurecidos, já deixa claro que as coisas vão ficar mais intensas a partir daí. É o prenúncio de um confronto épico: um homem (Lex Luthor) iniciando sua verdadeira guerra contra um semideus (Superboy). O apocalipse está à espreita.
5.CONCEITO
A série, dividida entre Superboy (SBT, 1988-1992) e The Adventures of Superboy (inédita no Brasil), durou quatro temporadas, sempre com ameaças maiores para o herói. A produção foi inspirada na Era de Prata dos quadrinhos, explorando o personagem de uma maneira humana, com Superboy incapaz de matar, e apresentando seres sobrenaturais e outras formas de vida extraordinária.
- PRODUÇÃO VISUAL
Com uma direção de arte primorosa, especialmente na primeira temporada, a série usou cenários tropicais e azuis para criar um ambiente único. Nas temporadas seguintes, quando os personagens passaram a trabalhar em uma instituição governamental, o Departamento para Assuntos Extra-Normais, os cenários se tornaram mais sofisticados, com um visual moderno e de escritório, e uma paleta de tons café. Apesar do orçamento apertado, os efeitos visuais eram excelentes para a época, utilizando chroma key e modelos em miniatura para simular o voo de Superboy.
- TRILHA SONORA
A trilha sonora da série, baseada no clássico tema de Superman de John Williams, foi composta por Kevin Kiner. Ele conseguiu reinventar a música de forma heroica e nostálgica, sem recorrer a meras cópias, incorporando também um estilo rebelde e emocionante. Este trabalho marcou um ponto de destaque no início de sua carreira, e, ao longo do tempo, Kiner se tornou um compositor premiado, com várias indicações ao Emmy. Sua contribuição é, sem dúvida, um dos grandes destaques da produção.
- PERSONAGENS DE SUPORTE
T.J. White (James Calvert) foi substituído por Andrew "Andy" McAllister (Ilan Mitchell-Smith) na primeira temporada. A dinâmica entre os personagens principais se desenvolveu ao longo das temporadas, e a série passou a equilibrar melhor seus protagonistas, com destaque para o personagem de Matt Ritter (Peter Jay Fernandez), um policial que se tornou decisivo em cenas de perigo e investigação.
6.CONVIDADOS ESPECIAIS
A série também contou com diversas participações especiais, que enriqueceram a trama e mantiveram o interesse do público ao longo dos anos.
- JOAQUIN PHOENIX
LARRY PFOHL
O ator e lutador de luta livre aparece em Mindscape, o décimo episódio da terceira temporada (inédito no Brasil). Neste episódio, ele assume o manto de Superboy para derrotar o original em uma batalha memorável. Lex Luger, interpretado por Larry Pfohl, ganhou notoriedade não apenas por suas atuações, mas também por suas façanhas no mundo da luta livre. Ele ficou ainda mais conhecido após realizar eventos ao lado do célebre Yokozuna, o icônico lutador de sumô, e foi eleito o lutador mais popular de 1993. Além disso, tornou-se o rosto de jogos eletrônicos clássicos como WWF Royal Rumble e WrestleMania, lançados para Arcade, Mega Drive e SNES. Nos anos 90, Larry Pfohl foi sinônimo de luta livre, eternizado no papel de Lex Luger (só de ler, você já ouve o som do jogo!).
CARY-HIROYUKI-TAGAWA
Famoso por interpretar Shang Tsung, Cary-Hiroyuki Tagawa é um renomado rosto de vilão em inúmeras produções. Em 1995, dificilmente imaginávamos que um dos intérpretes de Mortal Kombat já tivesse atuado em séries como A Gata e o Rato, Miami Vice, MacGyver - Profissão: Perigo, Missão Impossível e até 007: Permissão Para Matar. A década de 80 foi a grande revelação para Tagawa, marcando sua ascensão como um peso pesado.
GEORGE LAZENBY
Modelo e ator considerado pela crítica especializada daquela geraçao como o pior 007 no melhor filme de James Bond, 007 A Serviço de Sua Majestade. O unico a interpretar o agente mais famoso do cinema em um unico filme da cinesserie faz uma participação marcante em dois episodios da serie.
BRIAN THOMPSON
Seu nome aparece nos créditos como coadjuvante em diversas produções de ação e ficção científica ao longo dos anos 1980, incluindo o clássico O Exterminador do Futuro (1984). No entanto, seu maior reconhecimento veio ao interpretar o supervilão Shao Kahn em Mortal Kombat: A Aniquilação (1997).
GILBERT GOTTFRIED
Conhecido pelos brasileiros por seus papéis em O Pestinha (1990) e O Pestinha 2 (1991), Gilbert Gottfried deu vida ao inesquecível Sr. Igor Peabody, o agente de adoção, diretor escolar e principal antagonista de Junior Healy.
O eterno comediante marcou presença na cena americana desde os anos 1980, transitando entre televisão e cinema. Ele participou de produções icônicas, como Um Tira da Pesada II (1987), e até mesmo de adaptações de videogames, como o longa animado Mortal Kombat Legends: Cage Match – Bom de Briga (2023), seu último trabalho antes de seu falecimento.
Gilbert também é amplamente lembrado por dar voz ao sarcástico e inesquecível Iago na versão original de Aladdin (1992), consolidando seu lugar como uma lenda da comédia e da dublagem.
PAUL MCCRANE
SKYE AUBREY
Skye Aubrey (1945-2020) também é creditada na série de TV Batman & Robin (1966). Ela atuou na série em duas temporadas com dois personagens diferentes. Consegue descobrir quem é?
Após uma carreira como jogador de futebol americano profissional, John Matuszak seguiu para a atuação, tornando-se mundialmente conhecido por interpretar o carismático ogro Sloth no filme Os Goonies. Na televisão, ele também participou da série Superboy, onde interpretou um androide, um dos antagonistas do Garoto de Aço. Superboy foi um de seus últimos trabalhos, sendo lançado postumamente.
Kevin Major Howard é amplamente conhecido por seu papel no clássico Nascido para Matar (1987), dirigido por Stanley Kubrick. Além de sua atuação no cinema, ele também participou da série Superboy, onde interpretou o vilão Dr. Stuart.
Na série, Howard trouxe à vida um dos antagonistas do Garoto de Aço, adicionando seu talento a um dos universos mais icônicos da cultura pop.
SYBIL DANNING
7.EXIBIÇÃO NO BRASIL
Nos anos 90, o SBT foi responsável por trazer a primeira temporada da série para o Brasil, apresentando-a como parte de sua campanha "Vem Que É Bom". Em 1994, a Rede Record anunciou que exibiria a série, mas o projeto acabou sendo cancelado antes de sua transmissão. Atualmente, a série pode ser vista na Rede Brasil, com os primeiros episódios sendo transmitidos nas madrugadas, a partir de 00:15.
8.DUBLAGEM
Na série, Lex Luthor ganha vida na versão brasileira com a brilhante performance de Aníbal Munhoz. Sua interpretação adiciona uma presença marcante ao personagem, alternando entre tons elegantes e serenos e uma sonoridade mais grave e ameaçadora, criando um contraste fascinante com a voz original de Scott Wells. Já a dublagem de John Newton fica a cargo de [nome do dublador], famoso por dar voz ao icônico personagem Quico, da série Chaves.
9.PREMIAÇÕES
A série recebeu quatro indicações a prêmios, incluindo o Saturn Awards de 1990, na categoria de Melhor Série de TV. Também foi indicada ao Young Artist Awards, na categoria de Melhor Série Familiar Fora do Horário Nobre, e ao prêmio de Melhor Atriz Convidada em Série de Drama ou Comédia, para Heather Haase (A Estrangeira Russa). Além disso, no Daytime Emmy de 1992, a produção foi reconhecida por sua "Realização Notável em Direção de Arte/Decoração de Cenário/Design Cenográfico", com a contribuição de Alan E. Muraoka (Design de Produção), David Kahler (Direção de Arte), Clare Papetti Duane (Decoração de Set) e Kristen Byrne (Decorador de Set).
10.OUTRAS VERSÕES
- THE ADVENTURES OF SUPERBOY (1961)
- AS SUPER-AVENTURAS DO SUPERBOY (1966-1968)
Esta foi a primeira produção audiovisual oficial do "Garoto de Aço". Produzida pela Filmation, que futuramente se tornaria famosa com He-Man nos anos 80, a série foi exibida pela CBS entre 1966 e 1968. Contava com 32 episódios de 7 minutos cada e, curiosamente, era transmitida nos intervalos dos desenhos do Superman. Nesta versão, o Supercão Krypto fazia parte da trama, uma figura ausente na série de 1988.
11.TRANSCENDÊNCIAS
- AS NOVAS AVENTURAS DO SUPERMAN (1993-1997)
A história foca em Metrópolis, com Superman em ação. Uma espécie de sequência espiritual de Superboy, que teve sua exibição encerrada em 1992. Embora Lois & Clark tenha sido mais voltada para o romance, esse também foi o momento em que o personagem Jimmy Olsen, melhor amigo de Clark, ganhou destaque, embora seu intérprete tenha mudado na segunda temporada.
- SMALLVILLE: AS AVENTURAS DO SUPERBOY (2001-2010)
- SUPERMAN (2025)

Embora o novo filme do DCU, Superman Legacy de James Gunn, não admita explicitamente, a trama parece se aproximar do Superboy dos desenhos, trazendo de volta o Supercão Krypto.
A MORTE DO SUPERMAN
SUPERBOY PREVIU ISSO?
Superboy conquistou uma vasta audiência de adolescentes dos anos 80, com idades entre 10 e 16 anos, além de atrair entusiastas das histórias em quadrinhos. Esse sucesso se deve, em grande parte, à colaboração de renomados autores da DC Comics, como Andrew Helfer e Mike Carli, que supervisionaram a série, trazendo vilões clássicos e criando personagens originais para a versão televisiva.
Com o fim dos anos 80 se aproximando, Superboy chegou ao seu desfecho na TV em 17 de maio de 1992.
OBITUÁRIO DE UM SUPER-HERÓI
Obituary for a Super Hero se tornou um marco importante, e é por isso que decidimos dedicar este tópico especialmente a ele. As cenas se desenrolam como um noticiário em tempo real, com personagens prestando emocionantes depoimentos em homenagem a Superboy. A edição, extremamente criativa, proporciona uma dinâmica envolvente e inovadora, mantendo o espectador completamente imerso na narrativa. A história é contada de maneira fascinante, alternando habilidosamente entre depoimentos pessoais e acontecimentos dramáticos, o que aumenta ainda mais a tensão e o impacto desse momento crucial da série. Além disso, o ator e produtor George Sarris brilha como o apresentador Fred Mendel, conduzindo a notícia com descontração, mas com uma autoridade que torna a situação ainda mais impactante.
A ideia inicial era que o episódio final de Superboy deixasse o caso sem solução, com Lex Luthor consagrando-se vencedor do confronto. A continuidade seria feita em uma série de telefilmes de uma ou duas horas, contando o verdadeiro desfecho de Superboy. No entanto, a Warner recusou essa proposta em favor da série As Novas Aventuras, e a maxi-saga se transformou no que conhecemos hoje como A Morte do Superman, lançada alguns meses depois, em 1992.
Mike Carli, que trabalhou em Superboy para a TV, também esteve envolvido na produção de A Morte do Superman. Após 37 anos de carreira, ele se aposentou. Vale ressaltar que o episódio Obituário de um Super-Herói funcionou como um ensaio para A Morte do Superman nos quadrinhos e antecipou Lois & Clark, que mais tarde adaptaria a fase dos anos 80 escrita por John Byrne.
MEMÓRIAS DA SESSÃOSÓ HÁ UM SUPER
Na infância, eu via Superboy como uma versão simpática, porém mais barata, do Superman. Em um mundo onde só um super-herói usava o uniforme azul, capa vermelha e o icônico "S" no peito, eu não conseguia ver o que fazia Superboy especial.
Minha primeira experiência com Superboy foi em 1990, quando a série foi brevemente exibida no programa Show Maravilha. O que mais me marcou foi uma cena do Superboy entrando em uma cabine de transformação. Somente agora, ao assistir à série em sua totalidade, me lembrei que essa cena fazia parte do episódio 8: As Armações de Lex Luthor (The Fixer).
Em 2020, fiz uma busca e, milagrosamente, consegui obter a preservação completa da série. Elas ficaram guardadas por cinco anos, até que encontrei o momento certo para revivê-las. O recente documentário sobre Christopher Reeve e o anúncio de um novo filme do Superman tornaram este o momento perfeito para resgatar esse acervo perdido no tempo. Assisti 100% das temporadas 2 e 3 com legendas em inglês, e embora apenas 5% ou 3% da Temporada 4 estivesse disponível em português, a experiência foi deliciosa. Recomendo a todos os fãs de quadrinhos, especialmente aos fãs de Superman de carteirinha (principalmente os que adoram Christopher Reeve).
CRÉDITOS
GÊNERO
AÇÃO/ FICÇÃO
4
DURAÇÃO
21-22 minutos
DUBLAGEM
Direção
Potiguara Lopes
Armando Tiraboschi
John Newton
Orlando Viggiani
Jamie Calvert
Aníbal Munhoz
Scott Wells
João Paulo Ramalho
Stuart Whitman
Marli Marcel
Salome Jens
Felip Di Nardo
Narração
Comic Book Historians
Superboy:Beyond
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