domingo, 2 de dezembro de 2012

[Sessão Crítica Edição de Colecionador] Dragon Ball Evolution

 NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
DRAGON BALL EVOLUTION

MITOLOGIA REENCARNADA 
(Mestre Ryu - 10/04/2009 - publicado com adaptações)

ADAPTAÇÃO QUE EVOLUIU 
(Rodrigo Fonseca - Jornal O Globo - 09/04/2009)

BOM, MAS NÃO PARA OS XIITAS 
(Filipe Quintans - Jornal do Brasil - 10/04/2009)

EXTRAS
CURIOSIDADES
VÍDEOS
FICHA TÉCNICA
AVALIAÇÃO FINAL DO JÚRI 
Mestre Ryu
Rodrigo Fonseca
Filipe Quintans


SESSÃO CRÍTICA
DRAGON BALL EVOLUTION
(Dragonball Evolution, 84 min, Aventura, EUA/Hong Kong, livre)
Direção: James Wong
Com: Justin Chatwin, Yun-Fat Chow e Emmy Rossum

MITOLOGIA REENCARNADA
Por: Mestre Ryu
[Escrito originalmente em 10/04/2009 após a sessão de estréia mundial. Publicado no Santuário do Mestre Ryu em 2/12/12 com adaptações.]

Em OFF: Posto ainda enjoado de doce, depois de tanto comer chocolate durante a sessão, mas, vamos lá.

Dragonball Evolution, deve ir à cadeira elétrica ou à pena de morte? Bom, se você for radicalmente exigente com a fidelidade de uma obra adaptada, como o requisito mais importante para que ela seja boa, pode ser você venha levá-lo à condenação brutal. 

Esta é mais um belo exemplo aonde muitos poderiam julgar o filme sem conhecer, provavelmente, um grande equivoco, nesse caso. É bom assistir, prestar atenção em cada detalhe, sem desprezar nenhuma ideia ou ignorar a devoção à obra que deu origem, o que pode ser bem difícil.

Para quem conhece, o Dragon Ball original possui elementos agradáveis e tocantes a jovens e adultos. Podendo fascinar também às crianças. Afinal, não se tem muitas crianças ingênuas hoje em dia, não é mesmo? Sexo e violência entram como uma luva nos assuntos de hoje. Quanto mais se cresce, mais se falam desses dois assuntos.

A releitura desta adaptação americana reencarna Goku, Chi Chi e cia no mundo real de uma maneira mais convincente do que o esperado. Levo em consideração um pequeno detalhe: referências em relação a aparência.

 O cabelo de Goku e a cor de Piccolo (apesar da ausência das anteninhas) são melhores na telona do que nas fotos. O cabelo de Goku tem algumas diversificações em seu penteado durante o filme e o Piccolo é VERDE.

Goku perdeu o seu título de super monge correto, para se tornar alguém mais próximo de nós. Um cara indisciplinado, mas que vai aprendendo a conviver com certas responsabilidades, nem que seja por estímulos que o forcem a isso. Releitura que faz lembrar muito bem o caso de Super-Homem nas HQs e em outras mídias (Superman: O Filme, Smallville..).

Comparar Dragonball Evolution com o Dragon Ball, é o mesmo que comparar a trilogia X-Men dos cinemas com o X-Men dos quadrinhos. São traduções que correm um sério risco de vida quando se deparam com um público fiel, quase que religiosamente, à obra original. 

Apesar das mudanças, a essência da obra original está lá. O bom humor, ponto forte do filme, trás boas tiradas entre os personagens. O filme despertou gargalhadas e aplausos das pessoas que estavam na mesma sessão por aqui.

Um exemplo de que não seria tão ruim, se ainda trouxesse mais do animê esse lado mais atrevido. Coisa que poderia afinar em sequências posteriores. Algumas modificações fazem a obra cair no caso básico: o clichê moralista (quanto ao destino do avô de Goku, interpretado por um carismático Randall Duk Kim). Fazendo a obra Japonesa continuar saindo na frente por quebrar esses tipos de paradigma. 

As sequências de Goku e Chi Chi no momento Noveleiro/ Global/ Malhação - ou seja - indo à faculdade, se entrosando com outros jovens normais, é um dos pontos mais esquecíveis da trama (e das mais criticadas também).

Depois que o filme acaba, você nem vai sequer lembrar desses momentos como algo marcante, parecendo uma coisa dispensável. Mas serve para um divertido pretexto, ou sugestivo, sobre como seria o primeiro encontro entre Goku e Chi Chi nesse novo universo na terra do Tio Sam.

Sem as muitas pirotecnias escrachadas e típicas do desenho, as lutas são apagadas. Uma pena o produtor Stephen Chow não lembrar o James Wong do seu bom trabalho com Kung Fu Futebol Clube (Shaolin Soccer) nesse quesito.

A humanização adicionada ao ambiente do filme, faz com que os efeitos visuais saiam mais coerentes e com mais vida em momentos essenciais da história. 

Justin Chatwin poderia não ser a escolha certa para o papel de Goku. Um ocidental usando nome de um personagem vindo de uma lenda oriental? Bem, se pensar que seu personagem não é desse planeta e o seu avô é oriental, pode se chegar a uma conclusão de que as coisas podem bater de forma convincente.

De qualquer forma, Justin entendeu o espirito da coisa. O cara tem mesmo talento, assim como todo o elenco segura bem o tranco (-Pô, uma obra com Chow Yun Fat, não deveria ser ruim). Talvez a única coisa que deixa a desejar seja o Yamcha. O cara não tem cara de ladrão e muito menos cara de cafajeste.

O filme é muito bom. Se saiu bem melhor nas críticas mais ferrenhas com esse tipo de obra do que Watchmen: O Filme e Speed Racer (ambos tiveram fraco desempenho nas bilheterias). E muitos dos apreciadores dessas adaptações, que tentam similar histórias e cenários com atores de carne e osso às obras originais em tons exagerados, podem não gostar desse Dragonball.

De qualquer forma, recontar a história de um clássico, pode ser uma boa pedida. Que graça teria, se ela fosse contada novamente quando todos já conheciam a história?

Que o desejo seja atendido. Que venham mesmo as continuações e que eles amadureçam mais o espírito dessa atualização de Dragon Ball juntamente com o público que irá acompanhá-lo nas telonas. 

Vale a pena assistir às cópias dubladas. Os dubladores do desenho original, já exibidos pelo Cartoon Network e Band Kids, estão lá fazendo show (Principalmente: Wendel Bezerra).

ADAPTAÇÃO QUE EVOLUIU
Por: Rodrigo Fonseca [Jornal O Globo - 09/04/2009]

Dragonball Evolution precisava de (poucas) aparas na forma, além de abrir mão do cansativo recurso da câmera lenta nas cenas de luta, para se tornar um filme exemplar. No diálogo com a tradição nipônica dos mangás e animes, a partir da HQ homônima de Akira Toriyama e sua versão animada para a TV, o longa-metragem de James Wong (Premonição) é dos mais inventivos. Seu acerto é o cuidado com a interpretação dos atores, administrando a comicidade (o chamado fun service dos quadrinhos e desenhos japoneses), sem resvalar na chanchada.

Justin Chatwin esbanja carisma na pele de Goku, lutador que é herdeiro de uma das sete gemas do Dragão. Cabe a ele e a amigos como Bulma (a delícia Emmy Rossum) proteger as esferas do vilão Piccolo (James Marsters). Uma surpresa aguarda quem optar pelas cópias com versão brasileira: há duas décadas não se ouvia uma dublagem feita em São Paulo que tivesse qualidade. O estúdio Álamo caprichou: Wendel Bezerra, que dubla Goku, é impecável.

 BOM, MAS NÃO PARA OS XIITAS
Por: Filipe Quintans [Jornal do Brasil - 10/04/2009]

Espectadores menores de 15 anos vão adorar. Outros, coisa de dois ou três anos mais velhos, vão também. Quem sabe até alguns adultos podem encontrar uma hora e meia de entretenimento em Dragonball Evolution. Os fãs xiitas dos personagens do desenho animado vão dar voltas no nariz de tanto torcê-lo. O roteiro não faz jus à imensidão dos protagonistas originais, tampouco segue o ritmo do desenho animado. O resultado, no entanto, só desagrada aos fiéis mais radicais.

O guerreiro Son Goku acaba de completar 18 anos. Coincidência ou não, sua vida está para mudar por completo. isso porque Piccolo, uma mistura esverdeada de coisa-ruim com Bruce Lee, foi libertado de sua prisão nas profundezas e quer as sete esferas do Dragão. Seis, na verdade: uma delas foi dada a Goku por seu avô como presente de aniversário, e ele não pretende oferecê-la de bandeja. Visto como fábula, Evolution dá uma boa contribuição a pais e mães na inglória batalha de educar seus rebentos. Como cinema é bobagem, embora menos que o costumeiro lixo televisivo.

EXTRAS
KaMe..Hame..Haaaaaaaa...
(Os jovens vão gostar, as crianças vão A-M-A-R)

CURIOSIDADES 
- Jamie Chung (Chi Chi) quase veio ao Brasil
- Tom Welling (famoso por ter interpretado Clark Kent/ Superman na série Smallville) esteve cotado para interpretar Goku.
- Foi o próprio diretor James Wong quem convidou a cantora Ayumi Hamasaki para que compusesse e cantasse a música-tema do filme. Wong acreditava que, como a série foi criada no Japão, a canção deveria ser em japonês e interpretada por um cantor japonês. 

- O personagem Piccolo foi oferecido a Ron Perlman, que o recusou para atuar em Hellboy 2 - O Exército Dourado (2008)
- Randall Duk Kim (Son Gohan) foi o Chaveiro em Matrix Reloaded
- Jamie Chung chegou a estrelar uma série para a TV chamada Samurai Girl, um misto de James Bond e mitologia Japonesa. Teve apenas a primeira temporada, com 3 capítulos, foi exibido por aqui pela HBO - Brasil.
- O jogo do filme saiu apenas para o Playstation Portátil (PSP)

- Emmy Rossum (Bulma) chegou a usar o cabelo azul [acima] nos bastidores

VÍDEOS

Trailer (Legendado)

Trailer (Dublado)

Dragon Ball Evolution: O Jogo do filme (PSP)


AGRADECIMENTOS ÀS FONTES DE APOIO
PARA O COMPLEMENTO DOS EXTRAS

FICHA TÉCNICA
Título Original: Idem
Gênero: Aventura 
Direção: James Wong
Duração: 84 min
País: EUA/Hong Kong
Classificação: Livre
Com: Justin Chatwin, Yun-Fat Chow e Emmy Rossum
Sinopse [Wikipédia]: A história acompanha Goku, um jovem adotado e treinado pelo mestre de artes marciais, o avô Gohan. Uma noite, enquanto Goku está em uma festa da sua amada,Chi-Chi, o Vovô Gohan é atacado por Piccolo, que estava à procura de uma das Esferas do Dragão. Goku volta a encontrar seu avô adotivo e ele acaba morrendo em seus braços, mas não antes de dizer para ele procurar seu próprio mestre, Roshi, e um aviso secreto relacionadado ao eclipse, as Esferas do Dragão, Piccolo e seu servo perdido, Oozaru.

AVALIAÇÃO DO JÚRI
Mestre Ryu [10/09/ 2009]: Saiu decente para um público maior, Bulma estava certa 
Rodrigo Fonseca [Jornal O Globo]: Adaptação que evoluiu
Filipe Quintans [Jornal Do Brasil]: Bom, mas não para os xiitas 
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