segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Amor



Ao longo da nossa vida, recebemos muita informação, principalmente agora com a internet. Absorvemos muita coisa, mas nunca realmente paramos para pensar naquilo que temos como verdade ou referência. Isso é muito presente inclusive nas coisas básicas, como os sentimentos. Muito ouvimos falar de “amor”, mas o que exatamente é o “amor”? Neste post, exponho o fruto de minhas pesquisas, divagações e discussões sobre o tema. Espero poder ajudar a iluminar algumas mentes anuviadas por aí.




O amor é absoluto. Não pode existir de modo parcial. Logo, se se ama, deve fazê-lo como um todo. Ou seja, não se pode amar algo/alguém só em alguns aspectos, pois gostar só de alguns aspectos em algo/alguém é só gostar. E isso é parcial.
Mas daí você me diz: “É impossível gostar absolutamente de algo ou alguém”. E de fato eu concordo. É claro, pode acontecer, mas é raro demais e, mesmo existindo, desperta dúvidas acerca de sua veracidade.


A partir disso, pode-se concluir então que o amar é falso, forçado, enquanto que o gostar é verdadeiro. Mas será?
Desse modo, as pessoas se tornariam “rodízios de características”, onde se serve do que melhor lhe convir.
Isso soa como algo interesseiro para mim e foge até do gostar, partindo para o “sugar”. Como disse, é realmente difícil (ou impossível) gostar em absoluto, mas eu me sentiria pessoalmente usado se alguém ficasse ao meu lado por uma coisa ou duas sobre mim. De modo mais amplo, as relações se tornariam um grande clube de benefícios.


Então como explicar isso? Ficamos ao lado de alguém por pulsos eletroquímicos, talvez? Os pulsos eletroquímicos controlariam então nossas relações e as características de terceiros seriam o argumento para nossa permanência?
Bem, de um ponto de vista científico, isso é bem possível. Mas quem disse que a ciência possui a verdade absoluta? Ela se apoia apenas no sensorial. Sim, coisas maravilhosas foram feitas assim, mas e o extra-sensorial? O fator humano? A vontade? Esses pulsos podem ser apenas manifestações físicas de algo mais profundo. Seria ignorância nos apoiar somente nos fatos científicos.



Chegamos a um impasse, então? Será? É claro que não!
Primeiramente, cada pessoa é um universo. Um microcosmo. Ela nasce, cresce e se desenvolve. Cada uma em um local diferente, com pessoas diferentes, um modo de vida diferente e assim por diante. Nisso não há certo ou errado. Alguém nasce na China e é budista enquanto alguém nasce no Brasil e é cristão. E então, quem é o certo e quem é o errado? Nem um dos dois é certo ou errado, pois cada um nasceu em um lugar diferente, com uma cultura diferente e teve aprendizados diferentes. Bem vindo ao mundo!
Em um mundo com sete bilhões de pessoas, há uma diversidade que aponta para o infinito. E mais uma vez, o ato de se gostar de tudo se torna impraticável. Então, podemos concluir que o amar não existe? Muito pelo contrário!
As pessoas tem uma necessidade enorme de serem aceitas, respeitadas do exato modo como são. E não, isso não é pedir demais. Gostar é diferente de respeitar. Quando se respeita, se admite a existência do diferente e o deixa ser como ele é.






Estaríamos delimitando demais o ato de amar colocando-o apenas como um gostar mais forte. O verdadeiro amor vem da tolerância, do respeito, de perceber o quão enorme é o mundo em que vivemos, quanta diversidade ele possui e quanto isso é maravilhoso. Quando pensamos nisso, começamos a perceber o amor em sua essência.
Ou seja, quando se ama, se entende e tolera o diferente. Vivemos, assim, de modo mais pacífico, harmonioso e empático.
Mas seria isso fácil? Claro que não! Se fosse, as coisas seriam diferentes. Porque esse ato de amar requer muito esforço por parte do ser. Mas aqueles que fizeram grandes coisas na história nunca tiveram a facilidade a seu lado, não? E coisas boas geralmente são produtos de esforço, não?



Bem, essa é mensagem que quero passar com esse post: viva e deixe viver. Se um dia se prezou pela paz, isso nunca foi feito sem o amor. Se realmente queremos viver em um local melhor, devemos começar amando uns aos outros. E, com esse amor, (desculpe minhas divagações utópicas) poderemos caminhar para um mundo efetivamente melhor.
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