sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

[Sessão Crítica] Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma 3D

NESTA POSTAGEM
SESSÃO CRÍTICA
STAR WARS: EPISÓDIO I - A AMEAÇA FANTASMA 3D

COMENTANDO AS SESSÕES
RELEMBRANDO A PRIMEIRA ESTRÉIA
VERSÃO EM 3D


VÍDEOS
DUEL OF FATES - TEMA DO FILME
NOS VIDEOGAMES


GALERIA DE IMAGENS
FICHA TÉCNICA





S SESSÃO CRÍTICA W
STAR WARS: EPISÓDIO I - A AMEAÇA FANTASMA 3D

O MITO BÍBLICO DE LUCAS
A polêmica nova trilogia irrita velhos fãs mas ainda agrada a novas platéias. O primeiro episódio, uma releitura mais infantil da série, volta agora em 3D

Ao contrário de muitos fãs da minha geração que assistiu a cinessérie durante a década de 80 ou começo de 90, eu remei contra a maré. Lembro que acompanhava a primeira temporada da série de TV Jornada nas Estrelas na Manchete nesse período - produção dos anos 60 que posteriormente ganharia um concorrente nos cinemas na então próxima década: Guerra nas Estrelas - hoje mais conhecido com o seu título original em inglês, graças aos diversos acessórios que vieram depois usando o mesmo nome de origem. 

O primeiro filme da série que assisti foi exatamente este, Episódio I, nos cinemas, em meados de 1999. Com a forte propaganda e por eu já conhecer algumas coisas sobre a história (graças as grandes matérias da revista Herói 2000) tudo me levou a crer que não era uma imitação de Jornada nas Estrelas e sim um conto Biblico, mas contada de uma forma reimaginada. Star Wars retrata, realçado a um épico de fantasia moderna, a velha luta do bem contra o mal.

Deus é personificado como a Força - significado tão importante para decidir um destino da história. Se metafóricamente a Força representa Deus, o seu  lado negro é o ser oposto a Deus: o demônio. Os principais heróis e vilões são representados por guerreiros conhecidos como Jedis. Em muitos momentos, os lados opostos distinguem-se por roupas claras (heróis) e roupas pretas (vilões). Os bons são dedicados a paz e os maus são dedicados a destruição da alma. Num conceito geral, os Jedis são como budistas modernos.

Toda essa representatividade Bíblica é mais evidente em Episódio I. As cenas de deserto passadas no planeta Naboo levam a crer bastante que Lucas teria se inspirado em Jerusalém - isso sem contar a declaração da mãe de Anakin - Shmi Skywalker - mencionando que ele não tinha pai e que ela a cuidou em seu ventre sozinha em uma conversa com Qui-Gon Jinn. Sentiu a ligação de Anakin  à história de Jesus ? Anakin, poderia ser como o nosso salvador. Amém!

Como também sempre fui fanático por histórias catastróficas, fui conferir este filme no cinema e me fascinei com todo o seu universo. Não é o episódio favorito dos fãs mais tarados que gritam nos ouvidos do George Lucas,  mas trouxe muitos elementos que aumentam os horizontes da franquia - uma é que explora muito melhor a origem dos Jedis, nos trazendo novos ambientes  e detalhes, como o Conselho Jedi, e mais de suas habilidades em terra firme. Além disso, graças a tecnologia, Mestre Yoda volta robusto e mais real.

Os chamados midichlorians parecem partir da idéia de que a Força se origina de organismos vivos - Quin-Gon descobriu que Anakin tem 20.000,00 espalhados pelo seu sangue. Em uma cena, Qui-Gon Jinn diz: - Nem o Mestre Yoda possui tanto. Sabe o que isso me lembrou? Dragon Ball Z, com aqueles Sayajins observando o K.I. (força) dos oponentes.

Entre aventuras paralelas -  nos apresentando diversos personagens novos e antigos - o principal enredo de fundo se destaca pelo clima político, revestindo uma profundidade mais culta a história. Se nos filmes antigos, as cenas de ação eram marcadas por caçadas espaciais em naves, este é marcada pelos Jedis em ação usando as suas super habilidades bem exploradas - chegando a lembrar e muito com os super heróis. Entre os novos personagens está o atrapalhado Jar Jar Binks - pode agradar as crianças pequenas mas sendo visto por velhos e carrancudos com enxaqueca (como eu) ele pode chegar a ser meio irritante e sem graça.

Então no meu caso, um defensor apedrejado da nova trilogia, garanto que o trabalho de Geroge Lucas em contar o início de seu conto de fadas intergalático foi muito válido para despertar o meu interesse em correr atrás da antiga trilogia de 1977-1980-1983. Mas não tiro a razão desse público em garantir que a antiga é a melhor, nem mesmo George Lucas (que certamente já estava convencido que a nova trilogia nunca seria melhor do que a antiga).

Lucas foi como um Messias diante de sua própria criação. Incialmente, como muitos provávelmente devem saber, Star Wars se resumiria a apenas ao filme de 1977  e que posteriormente foi relançado com o subtítulo Uma Nova Esperança e virou parte de uma série. Então, Lucas resolveu considerar o primeiro filme de 77 como o episódio IV e os outros dois vieram como os episódios V e VI respectivamente. Isso só aconteceu quando ele viu que o material não aproveitado que tinha em mãos poderia garantir uma cinessérie, mas os primeiros episódios (I, II e III) não seriam possíveis de fazer naquela determinada época devido a fraca tecnologia e ainda previu que os próximos lançamentos seriam em meados de 1999, 2002 e 2005. Lembra de James Cameron dizer a mesma coisa sobre Avatar, sua mais recente superprodução? Pois é, coincidências a parte.

No elenco, há alguns dos maiores atores sensação dos anos 90, rostos marcado por suas atuações dramáticas em filmes cultuados e premiados da década como: Ewan McGregor (Trainsporting: Sem Limites, polêmico clássico dirigido por Danny Boyle) na pele de Obi-Wan Kenobi (inicialmente apresentado como o velho Ben no filme de 77); Natalie Portman (a pequena e doce Mathilda de Jean Léon Reno em O Profissional) como a futura mãe de Luke, Rainha Padmé Amidala; Liam Neeson (A lista de Schindler, como o próprio Oskar Schindler e comandado pelo mago e amigo de Lucas: Steven Spielberg) como o sábio mestre de Kenobi, Qui-Gon Jinn; Samuel L. Jackson (marcou como o frio assassino frio de Pulp Fiction, do arrojado Quentim Tarantino) como Mace Windu. Dentre os veteranos da série clássica, está Ian McDiamird (mostra grande potencial) como o senador Palpatine, fruto de uma importante reviravolta na série.

Dentre os novos atores, Jake Lloyd - o ator mirim representa Anakin Skywalker (futuro pai de Luke - o maior herói da saga) - atua como Steven Seagal: inexpressivo. Alguém deveria dizer a ele que o Anakin era mais simpático antes de se tornar Darth Vadder. Sem contar que Lloyd é a cara do Leonardo DiCaprio. Uma curiosidade é que Leonardo DiCaprio realmente estava cogitado para viver o Anakin jovem no próximo filme, o que acabou não acontecendo. Certamente seria uma escolha melhor do que Hayden Christensen (Anakin jovem em Episódio II & III).
Em uma divertida curiosidade: Keira Knighley (mais conhecida por filmes como Piratas do Caribe e aqui atua como Sabé) acompanha Natalie Portman (Amidala) como sua guarda-costas no filme. George Lucas usou Knighley como uma duble da personagem de Portman devido a semelhança entre as duas. Essa surpresa me pegou mesmo, a maquiagem de Amidala a deixou irreconhecível.

Como em todas as produções 2D, a conversão de Episódio I para o formato 3D tem as suas limitações. As partes mais perceptíveis da tecnologia passam por cenas como objetos, algumas em computação gráfica e outras quando há muitos detalhes em cena (com a camera focando um derminado ponto ). Dentre outras novidades desse relançamento há a cena da corrida de Pods estendida e uma pequena menção sonora a marcha imperial de O Império Contra Ataca (Episódio V) com a respiração de Darth Vadder durante o fim dos créditos.

A presença dos vilões é de arrepiar, sem contar com a voz intimidadora de Darth Sidious mandando ordens.

A história de fundo - com excessão do exploramento político - desperta pouco interesse. Salvam-se as grandes batalhas - como a a corrida de Pod Racer (clara referência a cena da corrida de bigas dos filmes de Ben-Hur) e a luta de Quin-Gon Jinn & Obi-Wan contra Darth Maul (um dos melhores personagens da nova trilogia) ao som de Duel Of Fates (o grande tema principal deste episódio, composta pelo veterano John Williams).

Certamente, o filme continua sendo melhor de acompanhar no cinema - o mesmo vale para toda a nova trilogia - graças às suas técnicas de produção soberba (efeitos especias, som e trilha sonora). Ainda é insubstituível aquela primeira seção em meados de 1999, mas ainda assim assistir Star Wars em 3D é um sonho realizado. Pegue sua pipoca e relaxe na poltrona por mais de duas horas - não esqueça se prender bem na cabine.

S COMENTANDO AS SESSÕES W

RELEMBRANDO A PRIMEIRA ESTRÉIA



Pena que não tenho placa de captura para mostrar a vocês, mas lembro que cheguei a gravar uma propaganda dublada em português para a TV do filme num VHS - costumava passar durante a propaganda da exibição de Space Ghost: Costa a Costa à meia noite no Cartoon Network. E as imagens acima são dos ingressos da primeira exibição do filme (meu e da minha mãe)

VERSÃO EM 3D

Não consegui pegar a sessão de quarta (melhores detalhes no Facebook) - então eu voltei ontem (quinta) tentar pegar novamente a sessão das 19:00 no Arteplex Unibanco. O meu ônibus mais uma vez empacou no trânsito, mesmo saindo bem mais cedo de casa (azar do capeta). Então eu usei minha carta na manga e fui assistir a sessão das 19:25 no Botafogo Praia Shopping, que era bem perto, bastava atravessar a rua e andar um pouco. Teve uma certa fila e apenas duas atentendentes no Cinemark.

O problema é que tinham 4 computadores vagos - sem funcionários - uma senhora que estava a frente, muito simpática, tirou da minha boca as palavras que eu já estava comentando na minha cabeça e ainda comentou o seu conhecimento e paixão por cinema:
- Uma fila enorme e só duas atendentes [...] eu venho de Ipanema e tenho uma neta que baixa tudo no computador sabe? Mas eu adoro cinema, prefiro assistir no telão [..] o Arteplex Unibanco é muito melhor, o gerente sabia exatamente quando o filme ia começar e me avisava se estava passando o trailer (que dura em média uns 15 minutos) [..] aqui no Cinemark as atendentes parecem todas antipáticas, devem ser muito mal pagas. Descreveu a senhora, muito culta e muito sábia.

A fila estava muito lenta e eu consegui comprar o ingresso justamente no horário da sessão (19:25), me deram os óculos 3D lacrado e com o ingresso - sai correndo. Quando entrei na sala, a sessão não tinha começado ainda (graças a Deus). Haviam muitos adolescentes e só 1 cara mais adulto - com pinta de executivo - e 1 casal idoso. A sessão teve atraso (quase 40 minutos). Uma coisa irritante era alguns celulares sendo ligados de vez em quando (aquelas luzes batendo no olho em meio aquela escuridão..dose!).

O problema de haver uma platéia jovem pra certos filmes hoje em dia é de serem barulhentos e farrentos, como se estivesem numa balada, mas a sessão correu muito bem e deu pra assistir o filme sossegado a maior parte do tempo, exceto por uma inquietante cabeça à frente que só queria beijar a namorada do lado e me atrapalhava.. pra avancalhar, o cabeçudo saiu em pé levando a namorada e (creio eu) terem ido pra um lado mais acima (a última fileira, estava há 2 escadas acima da minha). Bom, eu falei: - ALELUIA *no pensamento* e finalmente deu pra assistir tudo 100% sem se incomodar com nenhuma cabeça se mexendo na frente.

DUEL OF FATES - TEMA DO FILME


NOS VIDEOGAMES
STAR WARS EPISODE I: RACER
(Playstation, Dreamcast & PC)

STAR WARS EPISODE I: JEDI POWER BATTLES
(Dreamcast & Playstation)

STAR WARS EPISODE I: THE PHANTOM MENACE
(Playstation)

O principal título que melhor segue o roteiro do filme sem muitos paralelos.

S GALERIA DE IMAGENS W

Toda Saga Tem um Início...

Mestre Yoda: - Há sempre um mestre e um aprendiz


Darth Sidious: Acabem com eles.. com todos eles.


Darth Maul (Ray Park): - Nós finalmente teremos a nossa vingança


Jar Jar Binks é a cara do Roaldinho Gaúcho. Saca só!


Qui-Gon Jinn: - Há algo especial nesse garoto 


Mace Windu: - Vocês acreditam nesse.. garoto?


Shmi Skywalker (Pernilla August): - Não olhe pra trás

Rainha Amidala: - Meu povo fica em Naboo


Gugans em ação

Com Jake Lloid (Anakin) nos Bastidores

Adaptação Oficial do filme em quadrinhos

S FICHA TÉCNICA W
TÍTULO ORIGINAL: STAR WARS: THE PHANTOM MENACE 3D
GÊNERO: AVENTURA/ FICÇÃO
DATA DE LANÇAMENTO: 10 DE FEVEREIRO DE 2012 (3D); 24 DE JUNHO DE 1999 (ORIGINAL NO BRASIL)
Sessão Acompanhada: 16 de Fevereiro de 2012 - Cinemark Botafogo Praia Shopping - 19:25 (3D); 24 de Junho de 1999 (Estréia) - Palácio 1 - Centro do RJ - 16:00 (ORIGINAL)
DURAÇÃO: 136 MINUTOS
PAÍS: E.U.A.
DIREÇÃO: GEORGE LUCAS
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